"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 25 de janeiro de 2014

PLANALTO CONTA COM BASE CADA VEZ MENOS ALIADA NA CÂMARA

 




Dos 34 deputados mineiros que compõem hoje a base da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara, apenas um terço pertence ao núcleo duro de apoio, ou seja, votam de acordo com os interesses do governo em pelo menos 90% dos projetos de interesse.

Do primeiro ano de mandato para 2013, Dilma perdeu o apoio maciço de 23 parlamentares mineiros e de nove partidos. Se, no ano passado, somente PT, PCdoB e PROS votaram com o governo em nove de cada dez propostas. Em 2011, eram 12 as legendas consideradas fiéis.

A adesão dos parlamentares do PSB, que rompeu oficialmente o governo no ano passado, passou de 92% para 67% no período. Outras siglas, que permanecem na base, no entanto, também afrouxaram na aliança. Caso do PSD, que teve seu apoio reduzido de 97% para 77%, ou do PDT, de 93% para 61%.

O único deputado federal pedetista de Minas, Mário Heringer, o mais infiel entre os aliados, diz que seu voto varia de acordo com o projeto. “E 61% é pouco?”, questionou. “Especialmente nesse período (2013), teve matérias de que, do ponto de vista técnico, eu discordava”, afirmou, citando as MPs dos Portos e a do Mais Médicos.

BASÔMETRO

O levantamento é feito a partir do Basômetro, ferramenta online de “O Estado de S. Paulo” que contabiliza os votos de cada parlamentar no Congresso.

Como era de se esperar, os correligionários de Dilma dominam o ranking dos mais fiéis (veja arte ao lado). Os nove parlamentares do PT nesta legislatura aparecem nas nove primeiras posições.
O primeiro é o novato Gabriel Guimarães, que, de 137 votações em que estava presente, posicionou-se contra o governo em apenas uma. Nilmário Miranda, que voltou à Câmara no início de 2013, votou 78 vezes a favor de projetos de interesse da Presidência e, em apenas duas vezes apresentou voto contrário. Sua taxa de fidelidade foi de 98%.

25 de janeiro de 2014
Lucas Pavanelli
O Tempo

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