"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 25 de janeiro de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Discurso de Dilma em Davos não convence investidores que vão rebaixar o Brasil e afundar o PTitanic

Se depender do discurso de debutante feito pela Presidenta Dilma Rousseff no Fórum Econômico Mundial, nos gelados Alpes suíços de Davos, os investidores transnacionais não vão apostar em sua reeleição, preferindo qualquer outro marionete. Dilma não conseguiu apresentar dados objetivos que comprovem que o Brasil vai crescer mais, controlando a inflação e agindo com responsabilidade fiscal. Não adianta a Presidanta pregar que o Brasil será uma “Nação de Classe Média”, se a gestão governamental dela continua uma ‘Mérdia”. Dilma foi lá fora apenas fazer campanha eleitoral... E fez mal... Não dá pra limpar nem com jornal oficial...
 
Dilma não conseguiu superar os efeitos negativos do artigo escrito por Michael Gomez – diretor da Pimco, a maior gestora mundial de fundos de bônus -, comprovando, com dados objetivos e reais, por que o Brasil não é mais atraente para investimentos produtivos. A principal crítica consensual dos investidores é que Dilma pratica um conjunto equivocado de políticas, baseado em uma política fiscal expansionista, com injeção de bilhões nos bancos públicos para estimular o crédito a juros subsidiados e aperto monetário, trazendo os juros para perto dos dois dígitos.
Na verdade, a receita básica dos porta-vozes dos investidores é “cumprir firmemente a meta de superávit primário”. Ou seja, o temor maior é que o Brasil dê um calote, se a economia desandar. Menos que crescimento, os gurus dos investidores querem que o País economize dinheiro, pela via fiscal, para honrar o pagamento dos juros das dívidas impagáveis. No fundo, os tais investidores querem o retorno dos investimentos com segurança, no menor prazo possível. Como os apostadores no cassino Brazil são pragmáticos, a opção deles, no curto prazo, é recomendar a substituição do PT no poder presidencial. Simples, assim...
Os grandes investidores têm um medo concreto, objetivo e imediato. Trata-se do alto risco de uma bolha imobiliária no Brasil. As empresas do setor estão “fortemente deprimidas” – na visão de analistas. É elevado o número de desistências de investimentos em empreendimentos imobiliários. Como as incorporadoras são obrigadas a devolver os milhões do desistente, no setor, as maiores empresas estudam fechar capital, antes que o pirão desande completamente.
 
Além disso, para tornar o risco mais explosivo, são os bancos brasileiros os maiores “investidores” imobiliários. Aparentemente sólidos, com lucros cada vez mais recordes, podem pagar um preço alto por tanta alavancagem na “especulação imobiliária”. Outro risco para os banqueiros é a inadimplência – para qual eles alegam ter uma espécie de “seguro” financiado pelas taxas extorsivas cobradas dos endividados. Na hora que o cidadão comum não puder pagar o que deve a bancos e cartões, a bolha estoura de vez... A alta inadimplência real é negada pela mentira oficial, mas ela existe...
Investidores não são idiotas como os eleitores. Eles sabem muito bem que o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil parece mais perdido que o ceguinho chifrudo da novela global das nove. Os nove do COPOM não sabem qual o nível alto de juros fará a inflação dar uma acomodada na faixa de 5,5% em 12 meses (cumprindo a meta maluca do governo para o superávit primário). Já se fala em juros acima de 12% em 2015... Com uma taxa assim, o anão não cresce...
 
Outra confusão do governo é em relação à gestão do câmbio. Todos sabem que o Real, na realidade, ainda está sobrevalorizado em relação ao Dólar. Mas Dilma e suas antas econômicas continuam fazendo o joguinho de gato e rato com os leilões cambiais diários. Em resumo: o Dólar vai subir, encarecendo o custo do governo e das endividadas empresas.
 
 
Quem se ferra? Aquilo que, em breve, não mais se poderá chamar de “indústria nacional”. Foi um fracasso previsível a política maluca do Guido Mantega de reduzir importações, manipulando o câmbio e aumentando taxas e impostos, para supostamente proteger os exportadores brasileiros. Nada dá certo porque a cadeia produtiva brasileira é globalizada, sendo cada vez mais dependente de importar partes e insumos cotados em dólar. Se a moeda da terra do Tio Sam sobe...
 
O cenário brasileiro continua assustador. Preços livres descontrolados, inflação subindo, juros aumentando ainda mais, famílias se endividando descontroladamente, inadimplência crescente (só controlada nas estatísticas manipuladas) e carga tributária escorchante, sem previsão de mudança, atrapalhando ou inviabilizando investimentos. Por tudo isto, mais a corrupção e a incompetência gerencial, o Brasil não cresce. Não foi à toa que os investidores perderam US$ 285 bilhões, em menos de três anos, segundo revelou o jornal Financial Times.
 
O custo Brasil é inviável. Não há perspectiva de reforma tributária. Todo produto global, lançado aqui, fica mais caro do que em qualquer outra parte do mundo. Corrupção, especulação e muito imposto são os culpados pelo fenômeno estrutural. Não há previsão de venha a se alterar o modelo econômico – historicamente dependente – do Brasil.
 
É por tudo isso que, em Davos, no Fórum Econômico Mundial, Dilma já fracassou na quase impossível missão de reverter o quadro e reconquistar o apoio que a elegeu em 2010. O PT só se mantém no poder se houver fraude eleitoral. Tudo pode acontecer em um sistema de urnas eletrônicas sem possibilidade de auditoria de contagem por votos impressos.
Vale repetir 13 mil vezes. País com o antidemocrático voto obrigatório, pesquisas de opinião eleitoral manipuladas e insegurança no processo de votação é capaz de produzir qualquer escatologia política.
 
A dogmática confiança na veracidade absoluta do resultado da votação é o mais doloroso calcanhar de Aquiles do subdesenvolvido regime político tupiniquim. O carinha da Pimco escancarou que no Brasil petralha não tem ordem e muito menos progresso. O lema da bandeira brasileira nunca foi tão bem desmoralizado.
A verdade dói... Tanto quando o chute no traseiro que a petralhada merece levar, urgentemente...
Copa das Copas


Adivinha quem vai tomar o próximo chute?
Vale a pena ler, atentamente, o artigo do Michael Gomez: Ordem e Progresso
Leia, também, o artigo de Arthur Jorge Pinto: A Economia Brasileira está na mira!

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

25 de janeiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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