"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 12 de janeiro de 2014

"NERVOSINHOS"

 
 
 
É, Ministro Mantega, em que pese seu esforço, continuamos todos muito "nervosinhos", entre outros motivos, com a relutância da inflação, cujo índice, divulgado pelo não muito independente IBGE, insiste em se manter perigosamente encostado no teto da meta, dissipando salários e desestimulando investimentos. 

E também com as incertezas quanto às urgentes estratégias econômicas a serem adotadas, com o reconhecimento, por parte do Banco Central, de que há uma rebeldia de preços e de que o índice de 2013, acima do de 2012, contrariou suas previsões, o que vai obrigá-lo a aumentar a taxa de juros, diminuída por decreto ao longo do ano, fato que evidenciou a interferência política na sua atuação, insistentemente desmentida à época pelo cardeais do Planalto. 

E mais, estamos apreensivos com a virtual ruína da nossa principal empresa pública, resultado do controle artificial e irreal de preços dos combustíveis, determinado pelo principal acionista, o governo,  visando a projetos eleitorais e  que, caso se mantivessem ao sabor do mercado, como deveriam, elevariam muito mais o índice da inflação.  

E há muitos outros motivos que nos deixam à beira de um ataque de nervos, tudo culminando com a ansiedade de como, e se, o Brasil poderá sobreviver a 2014, ao patrocinar um evento esportivo com complexidade e custos além de sua capacidade de organização e recursos financeiros, ao ter que lidar com manifestações populares que prometem ser cada vez mais irracionais e violentas e ao participar de um show eleitoral que poderá abrir outras alternativas para o país ou mantê-lo dominado por um  partido ensandecido e capaz de qualquer atitude para se eternizar no poder. 
É Ministro, estamos mesmo muito "nervosinhos", esperando outra de suas falas para acalmar-nos.
 
12 de janeiro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar-e-Guerra, reformado.

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