"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A MANUTENÇÃO DO PODER E AS ALIANÇAS ESPÚRIAS

Por candidatura de Pezão, PMDB diz que desiste do Senado no Rio
 
 

Na tentativa de salvar a aliança com o PT no Rio e garantir apoio à candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão ao governo fluminense, o PMDB sinalizou ontem que poderia abrir mão da disputa ao Senado no Estado.
 
No arranjo proposto, o governador Sérgio Cabral deixaria de concorrer à única vaga de senador pelo Rio em jogo em 2014, cedendo-a a um petista.
A oferta ocorre um dia antes de reunião entre os diretórios nacional e fluminense do PT para decidir a possível saída do partido da base do governo estadual.
O PT quer lançar o senador Lindbergh Farias na disputa pelo governo do Rio.
 
Na semana passada, o presidente regional do PT, Washington Quaquá, disse que sua "chapa dos sonhos" teria Cabral disputando o Senado, e Lindbergh, o governo.
 
A proposta foi rejeitada de imediato pelo PMDB.
 
"Candidatura fixada é do Pezão. Evidente que o partido quer o Sérgio como candidato ao Senado. Mas evidente que não será um impeditivo numa aliança com o PT. Cabral tem colocado internamente que a prioridade é vencer as eleições para governador e manter a parceria PT-PMDB", disse Jorge Picciani, presidente do PMDB do Rio.
 
Picciani participou de encontro do PMDB no Palácio Guanabara reunindo o vice-presidente Michel Temer, Eduardo Cunha (líder do PMDB na Câmara), o senador Valdir Raupp (presidente nacional da sigla), Cabral e o prefeito Eduardo Paes.
 
O PT do Rio quer, porém, deixar a base do governo Cabral até o fim do mês.
Procurado para comentar o assunto, Quaquá não respondeu à Folha até a conclusão desta edição.

14 de janeiro de 2014
ITALO NOGUEIRA - Folha de São Paulo

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