"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

TUDO É HISTÓRIA: UM ANIVERSÁRIO E A SALA DO SOFÁ VERMELHO

A primeira investida do aparelho midiático petista, financiado por estatais, foi afirmar que Romeu Tuma Jr. não tinha como saber o que se passava no Dops em 1980 porque seria ainda um jovem, com pouco mais de 16 anos.
A tentativa de desqualificação se baseava numa informação errada, publicada na Wikipedia. Lá se informava que o delegado teria nascido no dia 4 de outubro de 1963.
Ocorre que ele é do dia 13 de agosto de 1960 — prestou o chamado concurso IP/78, conforme este blog revelou nesta segunda. 
Também se falou de uma foto. 
Aqui está ela:

 

Em maio de 1980, na porta do Dops, Tuma Junior (de bigode, à direita na imagem) atua como guarda-costas de Lula (que aparece ao lado da mulher, Marisa). Romeu Tuma pai achava a tarefa tão importante e tinha tal zelo pessoal pela segurança do sindicalista que escalou o próprio filho. Era uma tarefa de absoluta confiança.

Segundo Tuma Junior (que escreveu, em parceria com Cláudio Tognolli, o livro “Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado”), Lula era, para o regime militar, bem mais (ou bem menos, a depender do ponto de vista) do que um sindicalista rebelde: era um informante, que gozava de privilégios na prisão.

Vejam esta outra foto (acima). É de 1978, ano em que Romeu Tuma Jr. entrou na Polícia — ele se aposentou neste 2013, com 35 anos de serviço. Aparece perto do pai, que comemorava no Dops os seus 47 anos.
A sala em que se apagam as velinhas, um anexo do gabinete de Tuma pai, tem história. 
Ali ficava o sofá no qual Lula dormiu, segundo Tuma Jr., a maior parte dos dias em que esteve preso. Raramente dividia a cela com os demais “companheiros”. O delegado não está dizendo que o chefão petista era informante direto dos generais. 
 
Segundo afirma, ele era um “ganso” do chefe do Dops. “Ganso”, na gíria profissional, é aquele que serve para alertar a polícia sobre eventuais problemas, entendem? 
 
Funcionava assim: Lula falava com Tuma, e Tuma falava com os generais. 
A menos o sofá em que Lula expelia os humores do sono era vermelho.
 
11 de dezembro de 2013
Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário