"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

CASO DE POLÍCIA

Sérgio Cabral usa helicóptero oficial para levar a família à praia, mas o Rio naufraga nas inundações

(Severino Silva - Agência O Dia)
(Severino Silva – Agência O Dia)

O uso do helicóptero do governo do Rio de Janeiro pelo peemedebista Sérgio Cabral Filho está de novo no noticiário nacional. O governador fluminense voltou a utilizar a aeronave oficial nos deslocamentos de final de semana para a luxuosa casa de veraneio da família em Mangaratiba, na Costa Verde, depois das muitas críticas que recebeu por ocasião dos protestos que começaram em junho e no Rio duraram algumas boas semanas.

O que tem sido criticado com propriedade poderia até passar despercebido se Cabral Filho fosse um governante qualificado e merecedor de mimos financiados com o suado dinheiro do contribuinte. O governador do Rio de Janeiro é um incompetente conhecido em todo o País, que usa a bazófia em seus discursos como formar de ludibriar a opinião pública.

Acontece que Sérgio Cabral Filho é daqueles que falam muito e quase nada fazem. Esse viés da incompetência ficou claro e evidente nesta quarta-feira (11), quando o Rio de Janeiro amanheceu, mais uma vez, debaixo d’água.
Alguns aduladores de Cabral dirão que o problema ocorreu na capital fluminense, mas as inundações foram registradas em várias cidades do estado do Rio de Janeiro. Para se ter ideia do escárnio em que se transformou a administração de Cabral Filho, as movimentadas Via Dutra e Avenida Brasil tiveram o trânsito de veículos interrompido por causa do avanço das águas celestiais.

É verdade que não se pode prever a fúria da natureza, mas os congestionamentos que se formaram na cidade do Rio de Janeiro e em trechos da Via Dutra foram motivo para que criminosos promovessem arrastões, ação que poderá afugentar turistas que planejavam acompanhar a Copa do Mundo no Brasil. Para se ter ideia do descalabro, o descaracterizado e superfaturado Maracanã, palco da final da Copa, teve o seu entorno tomado pela água da chuva, transformando o local em um piscinão de lama.
 
Não se pode negar que o prefeito Eduardo Paes, do Rio, é igualmente incompetente, mas a segurança pública é de responsabilidade do Executivo estadual. Cabral tem justificado o uso do helicóptero oficial com a balela de que é alvo de constantes ameaças dos traficantes, mas isso não lhe confere o direito de deixar a população refém dos criminosos.
 
Fosse o Brasil um país minimamente sério e com autoridades adeptas do bom senso e cumpridoras das leis, Sérgio Cabral Filho já teria sido despejado do Palácio Guanabara, não sem antes responder a processos por causa da sua péssima gestão. Como se não bastasse, Cabral continua devendo uma explicação aos brasileiros sobre as farras na Europa custeadas pelo dinheiro fácil do empresário Fernando Cavendish.

Quando o ucho.info afirmou, em outubro de 2007, que a decisão de realizar a Copa do Mundo no Brasil foi um equívoco da FIFA e um ato de irresponsabilidade do governo brasileiro, muitos dos que embarcaram no ufanismo oficial nos dedicaram críticas das mais ácidas. O caos está literalmente vindo à tona, mas até a Copa os brasileiros já terão apagado da memória a ação bandoleira dos governantes dessa louca Terra de Macunaíma.

Enquanto isso, Sérgio Cabral continua usando o helicóptero que pertence ao povo do Rio de Janeiro para levar a família – tendo como caronas a babá, a manicure da primeira-dama e o cachorro – para o conforto nababesco de uma mansão à beira-mar, imóvel cuja compra ainda é recoberta de suspeitas das mais variadas.

11 de dezembro de 2013
ucho.info

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