"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 29 de dezembro de 2013

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Super Barbosa para Presidente? Ameaça ou Oportunidade?

Barbosa ficaria bem nesta foto? Ou a sorte dele é só viajar em voo comercial?
A candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência da República em 2014 voltou a ser um tema tratado, com seriedade, no submundo político de Brasília. Embora seja um bom assunto para uma fofoca de final de ano na Ilha da Fantasia, vale a pena fazer uma análise FOFA (como se diria em Portugal) sobre a entrada do “herói nacional” Barbosa como um Coringa (ou como um Batman?) na disputa pelo trono republicano do Palácio do Planalto.

A única certeza é que a coisa está preta para Dilma Rousseff, mesmo sem adversários de grande expressão nacional, como Aécio Neves, Eduardo Campos e Ronaldo Caiado. Com Barbosa na disputa (se os malvados quiserem levar para um lado racista sexual), a coisa pode ficar ainda mais preta. A corrupção petralha criou as pré-condições para o surgimento de uma espécie de “Cavaleiro das Trevas” capaz de combatê-la.

A coisa está nigérrima – como diria o Félix da novela Amor à vida. Dilma acaba de sentir indícios de impopularidade na recente viagem para ver as enchentes no Espírito Santo. E seus marketeiros já sabem e temem que Dilma seja eleitoralmente prejudicada pela economia. Pibinho, com risco de inflação e excesso de gastos com a Copa do Mundo, em vez de focar no investimento em infraestrutura de verdade, podem ser fatais para a reeleição. Para piorar, a mancha do mensalão colou nos petistas, e não dá mais para desgrudar.

A Oligarquia Financeira Transnacional – que define o destino do Brasil, no submundo político-econômico – já decidiu e vem dando repetidos sinais de que é hora de tirar o PT do Poder Presidencial. Acontece que a “mudança” pretendida pelos controladores globalitários representa apenas uma troca de figurinhas no tabuleiro da politicagem. Retiram-se os petralhas e outros aliados menos trapalhões são colocados no palco do teatrinho. A preferência é pelos socialistas fabianos como Aécio e Eduardo, com Marina ou não. O Super Barbosa pode correr por fora neste processo que em nada ou pouco altera o destino do Brasil? Pode sim!


Sigamos o manual de administração português, e façamos uma análise FOFA da situação. Vale a pena refletir sobre as Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças de uma eventual – porém nada surpreendente - candidatura Barbosa para Presidência da República. A indagação mais repetida pela maioria dos que se aventuram a avaliar a hipótese é: Barbosa pode ser a reedição de um Fernando Collor de Mello, eleito como um cara novo na política e caçador de marajás (no caso atual, os mensaleiros), mas que pode ser facilmente tirado do poder por falta de base política?

Inegavelmente, na conjuntura atual, Barbosa é um nome popularmente forte para disputar e vencer uma corrida presidencial. Aliás, no cassino da urna eletrônica sem chances de auditagem da votação, até minha mãe (que já morreu) tem chances... Barbosa tem tudo para sair vencedor – se entrar no octógono da sucessão de 2014. O maior problema é como Barbosa, sem tradição política, iria governar depois... No tradicional cenário brasileiro, o mais provável é que consiga a sustentação governista de sempre do PMDB – que está doido para trair o PT na primeira oportunidade viável...

A oportunidade é excelente para o lançamento de um nome como o de Barbosa. Pesquisas qualitativas indicam que o eleitorado gostaria de “renovação” na política. O homem que teve a coragem de colocar na cadeia os mensaleiros, que não é político profissional, se encaixa perfeitamente no perfil. Além disso, a imagem de “justiceiro”, gerada no imaginário popular, delega a Barbosa super poderes para mudar a face da política brasileira. Tudo muito lindo até a hora em que se avaliam as fraquezas e ameaças de uma candidatura Barbosa...

A entrada em cena de um Barbosa é igual ao que teria acontecido se o popstar Sílvio Santos tivesse disputado a eleição presidencial de 1989-90, contra Collor, Lula e Brizola. O Homem do Baú da Felicidade foi forçado a sair o páreo, porque representava uma ameaça ao esquema vigente, com chances de vitória. Quem garante que o mesmo “chega pra lá” não será dado no Super Barbosa, até abril ou maio? Barbosa só entra na disputa se tiver o apoio da Oligarquia Financeira Transnacional e dos tentáculos dela no Brasil. Do contrário, a aventura nem começa...

Também é preciso considerar aquela que seria a maior fragilidade da opção Barbosa – e que é apontada, também, como sua suposta maior força: o fato de não ser político. O estilo Barbosa, aparentemente centralizador e autocrático, será facilmente atacado pelos adversários como um “projeto de ditadura com apoio do Judiciário”. Os militares da ativa não digerem bem essa possibilidade, embora muitos militares na reserva pensem que Barbosa seria “a solução”. Talvez seja para derrotar o PT (que já perdeu a eleição de 2014)...

Antes de embarcar na aventura das urnas, é preciso ficar claro para qual Super Barbosa torcem as “legiões”. Será o Super Barbosa, justiceiro, que fez de tudo para condenar e botar na cadeia os mensaleiros, apelando até para a questionável teoria jurídica do domínio do fato? Será o ministro Barbosa que votou a favor do crime de lesa pátria que homologou a reserva indígena Raposa do Sol? Ou será o mesmo Super Barbosa que, no dia 6 de novembro passado, votou contra a chamada Lei do Voto Impresso (artigo 5º da Lei Nº 12.034, de 29 de setembro de 2009), no maior golpe contra a transparência eleitoral? Por qual desses heróis clamam nossos militares?


Enquanto pensam na complicada resposta, na calada da madrugada de hoje, em Las Vegas, terra dos cassinos do Tio Sam, o bravo spider brasileiro Anderson Silva quebrou a perna esquerda e perdeu mais uma para o patriota norte-americano Chris Weidman. Foi um final assustador e inesperado no UFC 168, comandado pelo hiper marketeiro Dana White.

Aqui, no cassino do eleitoral Al Capone, referendado pelo TSE tupiniquim, será que o Super Barbosa vai aceitar correr o risco de ter a canela quebrada no embate contra a Mãe do PACo e velha guerrilheira da petralhada?

O negócio agora é esperar para ver... Se o Anderson Silva vai tirar o time definitivamente dos octógonos... E se o Barbosão vai também se aposentar do STF, até abril ou maio, para comprar uma briga pelo cinturão de Presidente da República de um País potencialmente rico, porém mantido na miséria como colônia de exploração pelos poderes globalitários...

Quem deve estar na maior ansiedade sobre esse arriscado futuro do presente é o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva – que deve disputar o Senado por São Paulo para assegurar uma imunidadezinha parlamentar e um foro privilegiado, se possível também elegendo sua amiga Rosemary deputada federal...

Lula e a petralhada farão de tudo para quebrar a perna do Super Barbosa... Se vão conseguir, são outros quinhentos milhões de dólares...

A União faz a Forca


Feliz Ano novo na Papuda...


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

29 de dezembro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor

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