"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

GOVERNO DO EGITO DECLARA FORMALMENTE A "IRMANDADE MUÇULMANA" COMO UM GRUPO TERRORISTA



Caça aos terroristas: Irmandade Muçulmana agora é caso de polícia.

O Conselho de Ministros do Egito designou formalmente a Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo vice-primeiro-ministro egípcio, Hosam Issa.
A decisão dá às autoridades o poder de acusar qualquer membro do movimento do deposto presidente Mohamed Mursi de ligação com organização terrorista, o que marca uma escalada na repressão do governo sobre o grupo.
 
Nesta terça-feira, a explosão de um carro-bomba que atingiu a sede da polícia egípcia na cidade de Mansura, cerca de 100 quilômetros ao Norte do Cairo, deixou 16 mortos. Logo após o atentado, o primeiro-ministro interino do Egito, Hazem Beblawi, citou a Irmandade Muçulmana em nota e, mesmo sem culpá-la diretamente, classificou o grupo como organização terrorista - declaração que foi formalizada nesta quarta-feira.
 
A Irmandade Mulçumana, porém, condenou o atentado. Nesta quarta-feira, o grupo Ansar Beit al-Maqdis (Campeões de Jerusalém), que é ligado à rede terrorista Al Qaeda, assumiu a responsabilidade em um comunicado divulgado na internet.
A veracidade da informação, porém, não pode ser absolutamente comprovada, mas o estilo corresponde a mensagens anteriores emitidas pelo grupo no mesmo fórum.
 
Contexto -  Os ataques contra edifícios do governo aumentaram no Egito desde a destituição de Mohamed Mursi, que faz parte da Irmandade Mulçumana, por um golpe militar em 3 de julho.
O presidente deposto e outros 132 dirigentes e membros de grupos islamitas estão sendo processados pela Justiça egípcia e respondem por diversas acusações, entre elas manter relações com o grupo radical palestino Hamas, fugir da prisão de Wadi Natrun – onde Mursi esteve preso durante a revolução de 2011, que derrubou o ditador Hosni Mubarak –, incendiar a cadeia e facilitar a fuga de presos.
 
Outras acusações contra Mursi são a agressão a funcionários do presídio e destruição de documentos. Ele responde ainda por suposto envolvimento na morte de manifestantes em frente ao palácio presidencial, em dezembro de 2012.
 
No processo que envolve o contato com o Hamas, o governo xiita do Irã e também seu aliado libanês, o Hezbollah, estão envolvidos outros 35 dirigentes da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder Mohammed Badía e Saad Katatni, presidente do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político do grupo.
Mursi está na prisão Burg al Arab, perto de Alexandria.
A Irmandade Muçulmana afirma que as acusações contra seus dirigentes são politizadas e representam uma tentativa do Exército e das atuais autoridades egípcias de legitimar o golpe militar.
 
 
26 de dezembro de 2013
in aluizio amorim

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