"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

EX-GOVERNADOR E NOVO SENADOR, MARCELO MIRANDA, TEM 519 PROCESSOS NO LOMBO. E A JUSTIÇA?


Claudio Humberto informa hoje que o ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (PMDB), cassado em 2009 por abuso de poder político e que deve assumir a vaga de Vicentinho Alves (SDD-TO) no Senado, figura em impressionantes 519 processos, nas diversas esferas do Judiciário, do Supremo Tribunal Federal ao Tribunal de Justiça. Só no TRE-TO, por exemplo, está em 303 processos, e outras 108 ações no Tribunal Superior Eleitoral.
Em um dos processos no STF, Miranda é acusado pelo Ministério Público Federal de peculato, falsidade ideológica e corrupção passiva; no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Marcelo Miranda responde a diversos processos de crimes ambientais e até execução fiscal; propaganda eleitoral irregular e abuso de poder político são frequentes nas acusações pelas quais responde o ex-governador tocantinense; outro processo no Supremo ainda questiona a posse de Miranda no governo do Tocantins em 2006, cargo do qual foi cassado.
É comum que a jurisprudência nos países civilizados tenda a considerar a reincidência criminal como evidência e reforço da certeza de culpabilidade de um réu. Obviamente o Brasil não atende a quase nenhum quesito dessa classificação de desenvolvimento social e institucional, mas a nossa justiça não precisa exagerar tanto: o que faz, livre, um sujeito com 519 processos nas costas? O que faz a justiça que deixa esse mesmo sujeito assumir uma cadeira no Senado? O que fazem os senadores que não o impedem?
Quanto à última pergunta, é de fácil resposta, pois trata-se de um reforço de peso à quadrilha. 
 
05 de novembro de 2013

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