"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A ESQUERDA CAVIAR. VOCÊ TEM QUE LER!


 
 
“Esquerda Caviar”, que suscita essas e outras reflexões, é um livro oportuno.
Sobretudo numa época em que a maioria das instituições – como a imprensa, o Ministério Público, a OAB e o próprio Judiciário – esposam ca­da vez mais o ideário do marxismo de salão.
 
Mas fica a pergunta: se existe uma esquerda caviar, que prega a revolução socialista a partir do luxo que o capitalismo lhe proporciona, haverá uma esquerda autêntica, constituída de verdadeiros oprimidos que carecem de libertação? Creio que sim.
 
Mas sua voz tende a ser silenciada sempre, não pelo capitalismo, que, apesar dos pesares, lhe garante a sobrevivência, mas pelos próprios intelectuais de esquerda, que, fazendo de conta que o marxismo é uma ciência irrefutável, com ele oprime aqueles aos quais finge libertar.
O sociólogo Émile Durkheim (1858-1917), preocupado com a arrogância científica do marxismo, que começava a conquistar a Europa, observou que a paixão e não o rigor científico é que inspirava esses sistemas revolucionários:
 
“O que lhes deu o ser e a força foi a ânsia por uma justiça mais perfeita, a dor pelo sofrimento das classes trabalhadoras, esse indefinível sentimento de mal-estar que palpita nas sociedades contemporâneas”.
 
E, afirmando que “o socialismo não é uma ciência”, senão “um grito de dor e às vezes de cólera lançado por homens que sentem mais profundamente o mal-estar coletivo”, Durkheim observa que a relação do socialismo com os fenômenos sociais que o promovem é a mesma dos gemidos do enfermo com a doença que o afeta.
 
“E o que pensaríamos de um médico que tomasse as palavras do paciente por aforismos científicos?” – ironiza.
 
Ora, se nem mesmo as dores reais dos oprimidos podem justificar a sanguinária utopia socialista, então que os intelectuais de esquerda calem suas dores discursivas e deixem os pobres em paz.
 
29 de outubro de 2013
graça no país das maravilhas

Nenhum comentário:

Postar um comentário