"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO...

Metamorfose Ambulante, o novo anti-herói
Além de uma ameaça à paz e à lealdade, o que é mesmo Lula - esse mito contemporâneo - dizendo que vai ser a própria "Metamorfose Ambulante" de Dilma nessas eleições que Vésper desponta?

Quem conhece a figura e estiver atento e politizado o suficiente, há de perceber que se trata de mais um personagem de ficção, capeta ao extremo, traquinas o bastante e com um caráter sem mácula, apenas contaminado pelo vírus do sensacionalismo que se disfarça com a capa suave do populista incurável que existe dentro dele.

Lula é assim mesmo, um monstro da monstruosa política brasileira que descobriu esse doutor honóris causa própria do Partido dos Trabalhadores - peça central, folclórica e utilíssima da politicalha moderna.

Lula como Metamorfose Ambulante é um anti-herói de façanhas vitoriosas por suas fantasias e famosas por sua absoluta incapacidade de realização.

Lula, como Metamorfose Ambulante não será nada mais, nem nada menos do que mais uma lenda urbana. E suas mentiras serão verdades que o povo repetirá, com a mesma carga de veracidade que as grandes farsas da humanidade carregam.

Lula, na pele do Metamorfose Ambulante, será o que sempre foi para o folclore moderno do Brasil da Silva que ele inventou: uma espécie de maravilhoso mascarado, cujo mistério que fascina o populacho é encoberto por um véu de tal transparência que, para os bons observadores, não consegue esconder aquilo que seu personagem não consegue e nem quer honrar: a própria palavra fácil.
Fazer saber não é saber fazer
 
Não há nada mais significativo nesse governo que Dilma Vana herdou de Lula do que a incapacidade de cumprir promessas, marca registrada do seu antecessor, consolidada pela primeira-mulher-president@ do Brasil da Silva.

Não acabou com o crack; está devendo seis mil creches; mais de dois milhões de unidades do Minha Casa Minha Vida; não construiu 10 quilômetros de rodovias; não fez e nem sabe fazer a reforma agrária e muito menos a urbana; deixou de ser a mãe do PAC que empacou; abandonou as obras de transposição do São Francisco e não conseguiu sequer manter a função de faxineira num ministério cheio de lixos e detritos, limitando-se a varrer a sujeira para baixo do tapete vermelho que se estende do Palácio à Esplanada.

E, porque hoje o Brasil da Silva é um país sem rumo e sem coluna vertebral, Dilma Vana vem com tudo para ser reeleita no ano que vem. Seu símbolo maior é justamente Lula, aquele que a criou a sua imagem e semelhança. O brasileiro já se acostumou com um regime que faz saber, mas não sabe fazer.
CRUZEIRO DISPARA
Cruzeiro 2 x 1 Internacional. Mais uma vitória virtual de virada do Grêmio sobre o Inter. O Cruzeiro está disparado e cada vez mais longe do segundo colocado - o incrível Botafogo - e, se não fosse um dos mais tradicionais cavalos paraguaios do futebol brasileiro, já estaria botando a mão na taça. De outra parte, Dunga está cada vez mais longe de tudo no Brasil. Está com um pé no Japão. Deve ser o treinador dos japoneses na Copa do Mundo do ano que vem. E é assim que, até que enfim, a seleção da CBF tem uma boa notícia.
 
TRICO-TRICO
O clássico Tri-Trico acabou no Morumbi com 1 x 0 para o tricolor gaúcho sobre o tricolor paulista. Gol de Vargas, em homenagem quem sabe até ao pequeno e simpático ditador gaúcho que "saiu da vida para entrar na história". O jogo só não foi mais fácil para o Grêmio graças ao treinador Renato Portaluppi que deixou Zé Roberto e Elano no banco, para mostrar quem é que manda no futebol dos Pampas.

A LUSA SE LAMBUZA
Quem torce pela Lusa, quando goleia se lambuza. Se for então 4 x 0 e contra o Corinthians, aí não há sinalizador pirotécnico que aguente, nem técnico que se sustente. Desse jeito, a Gaviões da Fiel logo estará livre dos discursos do professor Tite.

BOTA-VASCO
A chapa do Fogão está assando. O alvinegro carioca já queimou toda a gordura que tinha. Não demora nada, o time do Seedorf e mais ninguém, vai acabar alcançando o Vasco que nesta rodada foi ver de perto o que é que o Bahia tem. Mas isso do Bota se aproximar dos cruzmaltinos não é coisa que se admita... Pelo menos no vestiário do Vasco. Afinal, a campanha para o vice-campeonato vascaíno da Segundona no ano que vem não pode ser ameaçada assim, sem mais nem menos.

FLUMENGO
Enquanto isso, o Mengão já não é nem sombra mais daquele Flamengo do Mano Menezes. Meteu 4 x 1 no Criciuma e se afastou da zona dos rebaixados. Já o Fluminense dá mostra de que seus jogadores não escutam uma palavra do que Vanderlei Luxemburgo fala nas preleções de vestiário. Está há sete jogos sem perder e com um pé no sonho da Libertadores.

O PATO DO BARCELONA
E lá fora, Neymar banca o Pato do Corinthians no banco de reservas do Barcelona. Isso não vai acabar bem, nem lá nem cá.
Michel Temer, mordomo do filme da vampira no Brasil da Silva, dono do PMDB, o mais poderoso partido político da República dos Calamares, diz agora que "há partidos demais" por aí.

Vice-presidente desde que Dilma subiu a rampa do Palácio, Temer acha que as legendas "perderam substância" e que a criação de novas siglas foi um exagero democrático. Isso que a Rede, de Marina Morena Silva ainda nem conseguiu aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.

A verdade é que, assim como vem sendo a coisa nesse País, está pra lá de bom e justo para o PMDB. Quando foi, dos tempos da Arena para cá o ano em que o P/MDB não esteve no governo? Pois é.

É aí que o partido de Michel Temer e outras figuraças pra lá de carimbadas, faz lembrar aquela velha piada que teria envolvido Deus e o Brasil, num diálogo com São Pedro:

- Que País maravilhoso esse tal de Brasil que o Senhor criou, Mestre! Não tem maremotos, nem terremotos, nem catástrofes, muito menos racismo e desigualdades... 
- Verdade, Pedro. Mas espere só um pouquinho pra você ver que gentinha eu botei pra viver lá... 

Assim se deu com a derrubada da Redentora, quando Ulysses Guimarães prensou o gato pardo da ditadura, Golbery do Couto e Silva:

- Meu Bruxo, manobre aí nos bastidores a volta da democracia ao Brasil!
- Pode deixar. Eis, a seu pedido, a democracia.
- Obrigado, meu Bruxo.
- De nada, mas a democracia só voltará sob o regime do pluripartidarismo...

E assim se deu, na conversa entre Deus e São Pedro. E assim se deu, no papo furado entre Ulysses, o Senhor Diretas e Golbery do Couto e Silva, o Bruxo. Tudo resultou nisso que aí está: o impoluto e invertebrado Brasil da Silva, um país cercado de políticos por todos os lados, sitiado por 40 ministérios e refém de 32 siglas partidárias, mais uma na boca de espera.
 
30 de setembro de 2013
sanatório da notícia

Nenhum comentário:

Postar um comentário