"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A GRANA DOS MÉDICOS CUBANOS

 

Senhoras e senhores, agora que ficou definitivamente consagrada a mutreta dos médicos cubanos no Brasil, estabelecida de forma insidiosa entre o governo petista e a ditadura dos irmãos Castro, convém aqui especular sobre os destinos da elástica baba financeira que vai escorrer para os cofres da Ilha Cárcere.

A pergunta básica é a seguinte: para onde vai o dinheirame – algo entre um bilhão e meio e três bilhões de reais, ou mais – extorquido do bolso do indefeso trabalhador brasileiro?
 
Sobre o destino do grosso ervanário já foram levantadas várias hipóteses. Senão, vejamos: em data recente, um militante de “O Globo”, porta-voz da esquerda festiva, reproduzindo informe oficioso, noticiou que parte da grana dos 4 mil médicos cubanos contratados poderá servir para amortizar fração do empréstimo de US$ 980 milhões contraída pela ditadura comunista do Caribe junto ao BNDES do Dr. Lula, ao que se diz apenas parcialmente aplicado na reconstrução do Porto de Mariel e na reforma do aeroporto de Havana.
 
Outra hipótese levantada com insistência nos sites da internet é que pelo menos metade da grana tomada do contribuinte nativo em nome do programa Mais Médicos retornaria ao Caixa Dois do PT para financiar a campanha eleitoral do próximo ano.

De fato, levando-se em consideração que o pagamento mensal dispensado a cada médico cubano será na ordem de 60 reais – segundo o cirurgião caribenho Carlos Rafael Jimenez, em recente depoimento no Congresso Nacional -, não resta dúvida quanto ao potencial bilionário da campanha presidencial da guerrilheira Dilma.
(Neste particular, é bom recordar a operação de milhões de dólares contrabandeados em caixas de Havana Club Rum, em voo originário de Cuba, remetidos por Fidel Castro para “dar força” à reeleição de Lula.
Na denúncia publicada pela revista Veja, em julho de 2005, o falso diplomata cubano Sérgio Cervantes, notório “observador” das FARCs, teria sido o agente da operação.
 
Já na Ilha Cárcere, por sua vez, a certeza (e não mera hipótese) entre os perseguidos políticos é de que a grana bilionária do programa Mais Médicos, sacado do bolso do parvo povo brasileiro, servirá para Raul Castro – “alcoólatra e brutamontes confesso”, no dizer do jornalista Carlos Franqui, Ex-Íntimo do Vampiro do Caribe – ampliar o aparelhamento da DGI (Direción General de Inteligência), órgão da polícia secreta que, na Ilha Cárcere, exerce implacável repressão sobre a população em geral e, em particular, sobre os dissidentes em desacordo com os métodos do comunismo dos irmãos Castro.
Como se sabe, a DGI, só em Havana, emprega cerca de setecentos mil espiões para manter sob severa espreita cada quarteirão da desgastada cidade.
 
Por fim, há a hipótese dos que admitem, com considerável dose de razão, que os irmãos Castro, sinistros predadores do subcontinente, simplesmente enfiarão no bolso o grosso da grana do programa petista, subtraído de forma astuciosa da lograda patuléia cabocla.

Amparando a conjetura, basta assinalar recente reportagem da revista Forbes (especialista em quantificar e qualificar a fortuna dos milionários) que elegeu Fidel Castro como um dos homens mais ricos do mundo.
A revista informa, sem meias palavras, a razão do vasto patrimônio em dólares de Fidel:
os pagamentos dos negócios externos de Cuba são depositados na conta pessoal do insaciável ditador.
 
Em resumo: bem medido e pesado é possível que cada uma dessas hipóteses seja factível. Pior: no frigir dos ovos, os vastos recursos enviados ao “Paraíso do Caribe” poderiam servir a todos os propósitos acima apontados e mais outros que o desconfiado leitor pode livremente descortinar.

PS – Fidel tem horror aos médicos-enfermeiros cubanos, não confia neles. O tirano se trata com médicos espanhóis e seus exames são analisados em clínica de Boston. Chávez se meteu a besta com a medicina da ilha e se ferrou.

13 de setembro de 2013
Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário