Uma pesquisa feita pelo Ibope, por encomenda da Avaaz, uma comunidade mundial de mobilização online, apontou que 78% dos entrevistados defendem o fim do foro privilegiado. A pesquisa foi feita por telefone, entre os dias 23 e 25 de abril. A margem de erro máxima estimada é de três pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
A pesquisa, divulgada no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma a discussão que pode restringir o foro privilegiado, perguntou aos entrevistados: “Na sua opinião, o foro privilegiado deveria ou não deveria acabar?”. Do total de 1.000 entrevistados, 780 ou 78% disseram que o foro deve acabar. Outros 12% disseram que o foro não deve acabar e outros 10% não souberam responder.
NO SUPREMO – O STF retoma nesta quarta-feira (2) julgamento iniciado no ano passado que pode restringir o alcance do foro privilegiado. O foro por prerrogativa de função, o chamado “foro privilegiado”, é o direito que têm, entre outras autoridades, presidente, ministros, senadores e deputados federais de serem julgados somente pelo Supremo.
Já existe maioria de 8 votos entre os 11 ministros para retirar do STF ações e investigações sobre parlamentares por fatos ocorridos fora do mandato, que seriam então enviados para a primeira instância da Justiça.
IMPUNIDADE – Os entrevistados foram questionados se o foro privilegiado ajudaria ou não ajudaria a combater a impunidade? Do total de respostas, 77% disseram que o fim do foro ajudaria a combater a impunidade. Outros 14% declararam que não e 9% não souberam responder.
A pesquisa também perguntou: “Você acha que o fim do Foro Privilegiado ajudaria ou não ajudaria a combater a impunidade?”. Ajudaria a combater: 77. Não ajudaria a combater: 14. Não sabe: 9
O Ibope perguntou, ainda: “Se o Poder Judiciário aprovasse o fim do foro privilegiado, seu nível de confiança nele aumentaria, diminuiria ou se manteria igual?”. Para esta pergunta, 36% dos entrevistados declararam que aumentaria a confiança, 45% disseram que se manteria igual, 8% disseram que diminuiria e 11% disseram que não sabem.
03 de maio de 2018
Por G1, Brasília
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