Está na moda falar contra as “fake news” (notícias falsas) que inundam a internet. Infelizmente, não há como evitá-las. Muitas vezes são plantadas por pessoas que têm interesse e pretendem se beneficiar, de uma forma ou outra. Mas há também as notícias falsas criadas por desocupados, que não têm mais o que fazer e se divertem inventando notas, situações e até artigos, cujas autorias são atribuídas a personagens famosos, como Millôr Fernandes, Luís Fernando Veríssimo, Arnaldo Jabor etc.
O mais repelente tipo de “fake news” é aquele que sai de fontes oficiais, como o Palácio do Planalto, cujos assessores têm um empenho enorme em plantar notícias falsas para beneficiar o governo e destruir seus adversários. Sempre que o Planalto quer fritar um ministro, o primeiro passo é plantar uma série de informações depreciativas contra ele, como aconteceu com Marcelo Calero, que era ministro da Cultura e se viu obrigado a gravar Michel Temper e Geddel Vieira Lima, para se precaver.
PF, PRF, Depen e Senasp ficarão subordinados à nova pasta. Um dos objetivos do ministério será desenvolver ações de combate à criminalidade.
MINISTÉRIOS FALSOS – A mais nova “fake news” oriunda do Planalto é a criação do Ministério da Segurança Pública. O presidente Temer está cansado de saber que será mais uma pasta inútil. Vai criá-la, porque considera que será uma boa jogada de marketing eleitoral, em busca da reeleição.
Atualmente, existe o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que é uma espécie de Saci Pererê, porque cuida da parte da Justiça e não se mete em assuntos de Segurança Pública, que são tratados pelo Ministério da Defesa.
A suposta criação do Ministério da Segurança Pública, portanto, será apenas virtual. Não irá cuidar de nada, o futuro ministro (ou ministra, a gente nunca sabe) ficará ocioso em Brasília, fazendo palavras cruzadas ou sudoku.
Pela proposta, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) saem da alçada do Ministério da Justiça e ficarão subordinados ao novo ministério. A pasta contará com a estrutura já existente no Ministério da Justiça. Aí serão dois ministros a fazer passatempos, podiam até se reunir para jogar buraco. E la nave va, cada vez mais fellinianamente.
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P.S. – Vários ministérios são virtuais. Um deles é o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, ao qual estão vinculadas apenas três entidades – Zona Franca de Manaus; Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI); e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). São instituições que funcionam autonomamente e nem dão bola para o ministro, que é um tal de Marcos Pereira. Quem o adora é a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), uma entidade privada que celebrou contrato de gestão com o Ministério e vive às custas de recursos públicos. Ah, Brasil!!!…(C.N.)
P.S. – Vários ministérios são virtuais. Um deles é o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, ao qual estão vinculadas apenas três entidades – Zona Franca de Manaus; Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI); e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). São instituições que funcionam autonomamente e nem dão bola para o ministro, que é um tal de Marcos Pereira. Quem o adora é a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), uma entidade privada que celebrou contrato de gestão com o Ministério e vive às custas de recursos públicos. Ah, Brasil!!!…(C.N.)
14 de fevereiro de 2018
Carlos Newton
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