O processo tramita na 4ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte desde 29 de novembro de 2016. O MP Estadual apontou repasse irregular pelo extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) à SMPB, agência de publicidade de Valério, em movimentação semelhante à de outras estatais mineiras.
O juiz da 4.ª Vara de Fazenda Pública, Mauro Pena Rocha, deu 15 dias para que os acusados se posicionem sobre a ação. O valor de R$ 1,6 milhão é equivalente à correção, até o momento, de um total de R$ 500 mil, que é o montante que teria sido desviado, à época, do Bemge.
MENSALÃO MINEIRO – Conforme as investigações, no mensalão mineiro um total de R$ 3,5 milhões foram repassados de estatais supostamente para financiar eventos esportivos – como o Enduro Internacional da Independência, o Iron Biker e o Campeonato Mundial de Motocross -, mas teriam sido desviados para a campanha à reeleição do tucano, em 1998.
Azeredo foi governador de Minas entre 1995 e 1998. Bicalho era presidente do Bemge. A Justiça já determinou o bloqueio de bens no montante de R$ 25,6 milhões do ex-governador, de Valério e outros réus no mensalão mineiro em ação por improbidade administrativa com a acusação de transferência irregular de recursos das estatais Companhia de Saneamento (Copasa) e Companhia de Desenvolvimento do Estado (Comig, atual Codemig), para a SMPB.
ADVOGADOS DE FÉRIAS – Procurado, o advogado Castellar Guimarães Neto, responsável pela defesa do ex-governador, não respondeu ao pedido de entrevista. A reportagem não conseguiu localizar o advogado de Marcos Valério.
Por meio da assessoria do governo de Minas, Bicalho disse que sua defesa se pronunciaria. A reportagem entrou em contato com um escritório de direito responsável, mas foi informada de que os advogados estavam em recesso.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Quando ia ser julgado no Supremo, Azeredo renunciou ao mandato de deputado para perder o foro privilegiado e atrasar o processo, que recomeçaria na primeira instância. Em setembro vai completar 70 anos, daqui a pouco vem a prescrição e a impunidade, e la nave va, como diria o genial Fellini. (C.N.)
14 de janeiro de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)
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