PUBLICAÇÃO DESTA SEMANA TRAZ DELAÇÃO DE CLÁUDIO MELO FILHO
Em delação ao Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Lava Jato, o vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, afirmou que o presidente Michel Temer pediu R$ 10 milhões diretamente ao dono da empresa, Marcelo Bahia Odebrecht, em maio de 2014, durante um jantar no Palácio do Jaburu.
As informações são da revista Veja, em edição que chega às bancas nesta semana, que detalha como foi a entrega de dinheiro vivo, durante a campanha daquele ano, ao advogado José Yunes, amigo de Temer há 40 anos e que já se autointitulou “psicoterapeuta político” do presidente.
Segundo o vice-presidente da maior empreiteira do Brasil, a maior parte do valor foi destinada ao Paulo Skaf, então candidato do PMDB ao governo de São Paulo.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e um dos principais articuladores do impeachment, ficou com R$ 6 milhões. Os outros R$ 4 milhões foram destinados ao ministro Eliseu Padilha para campanhas do partido.
A existência do jantar e o pedido de apoio financeiro já havia sido alvo de uma reportagem da revista Veja, em agosto deste ano. Logo em seguida, a assessoria do então presidente interino confirmou a existência do jantar com Marcelo Odebrecht e afirmou que ele e o empresário conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora Odebrecht a campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral”. Segundo dados do TSE, a Odebrecht repassou 11,3 milhões de reais à direção nacional peemedebista em 2014.
No entanto, os recursos que Melo Filho cita em sua delação não foram depositados em contas partidárias conforme manda a Justiça Eleitoral. Segundo o depoimento do delator, um dos endereços de entrega do dinheiro teria sido a rua Capitão Francisco, nº 90, em São Paulo – a sede do escritório José Yunes e Associados.
Segundo a revista Veja, o vice-presidente da Odebrecht cita uma lista suprapartidária com deputados, senadores, ministros, ex-ministros e assessores da ex-presidente Dilma Rousseff que receberam propina da empreiteira.
Para provar o que disse, o delator apresentou e-mail, planilhas e extratos telefônicos.
Uma das mensagens mostra Marcelo Odebrecht combinando o pagamentos a políticos importantes. Eles estão identificados por valores e apelidos como “Justiça”, “Boca Mole”, “Caju”, “Índio”, “Caranguejo” e “Botafogo”.
09 de dezembro de 2016
VEJA
CLAUDIO MELO FILHO CITA EM SUA DELAÇÃO NA LAVA JATO APELIDOS COMO “JUSTIÇA”, “BOCA MOLE”, “CAJU”, “ÍNDIO”, “CARANGUEJO” E “BOTAFOGO” (FOTO: ABR) |
Em delação ao Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Lava Jato, o vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, afirmou que o presidente Michel Temer pediu R$ 10 milhões diretamente ao dono da empresa, Marcelo Bahia Odebrecht, em maio de 2014, durante um jantar no Palácio do Jaburu.
As informações são da revista Veja, em edição que chega às bancas nesta semana, que detalha como foi a entrega de dinheiro vivo, durante a campanha daquele ano, ao advogado José Yunes, amigo de Temer há 40 anos e que já se autointitulou “psicoterapeuta político” do presidente.
Segundo o vice-presidente da maior empreiteira do Brasil, a maior parte do valor foi destinada ao Paulo Skaf, então candidato do PMDB ao governo de São Paulo.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e um dos principais articuladores do impeachment, ficou com R$ 6 milhões. Os outros R$ 4 milhões foram destinados ao ministro Eliseu Padilha para campanhas do partido.
A existência do jantar e o pedido de apoio financeiro já havia sido alvo de uma reportagem da revista Veja, em agosto deste ano. Logo em seguida, a assessoria do então presidente interino confirmou a existência do jantar com Marcelo Odebrecht e afirmou que ele e o empresário conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora Odebrecht a campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral”. Segundo dados do TSE, a Odebrecht repassou 11,3 milhões de reais à direção nacional peemedebista em 2014.
No entanto, os recursos que Melo Filho cita em sua delação não foram depositados em contas partidárias conforme manda a Justiça Eleitoral. Segundo o depoimento do delator, um dos endereços de entrega do dinheiro teria sido a rua Capitão Francisco, nº 90, em São Paulo – a sede do escritório José Yunes e Associados.
Segundo a revista Veja, o vice-presidente da Odebrecht cita uma lista suprapartidária com deputados, senadores, ministros, ex-ministros e assessores da ex-presidente Dilma Rousseff que receberam propina da empreiteira.
Para provar o que disse, o delator apresentou e-mail, planilhas e extratos telefônicos.
Uma das mensagens mostra Marcelo Odebrecht combinando o pagamentos a políticos importantes. Eles estão identificados por valores e apelidos como “Justiça”, “Boca Mole”, “Caju”, “Índio”, “Caranguejo” e “Botafogo”.
09 de dezembro de 2016
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