O jornal é adivinho ou de fato sabia de um acordo que agora é desmentido?
Celso de Mello negou que teria participado de uma manobra para salvar a presidência do Senado para Renan Calheiros no STF. Leiam o que o ministro mais antigo da Suprema Corte disse ao Valor Econômico:
“É algo realmente absurdo [sugerir que houve acordo]. Eu não participei de reunião alguma, ontem fiquei a tarde inteira na Segunda Turma e, em seguida, tive minhas audiências e saí daqui [do STF] uma hora da manhã, trabalhando nas minhas liminares.”
Certo. O Implicante convida você, leitor, a conferir o que Mônica Bergamo publicou na Folha de S.Paulo na madrugada anterior à decisão do STF.
“Celso de Mello, o decano do STF, pode dizer, logo no início da sessão de hoje, que já decidiu nesse sentido na sessão em que se discutiu se um político que é réu poderia permanecer num cargo que está na linha sucessória da Presidência da República, como é o caso da presidência do Senado.
Além dele, poderiam seguir Dias Toffoli os ministros Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Teori Zavaski e até a presidente do tribunal, Cármen Lúcia.”
E como se deu a votação ontem? Celso de Mello abriu uma divergência propondo a Renan Calheiros uma volta à Presidência do Senado, desde que saísse da linha sucessória. No que foi acompanhado exatamente por Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Teori Zavascki e Cármen Lúcia.
Mônica Bergamo é vidente? Ou ela de fato sabia de um acordo agora negado descaradamente por Celso de Mello?
09 de dezembro de 2016
implicante
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