"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 10 de dezembro de 2016

REFORMA DA PREVIDÊNCIA AMEAÇA DIVIDIR O PAÍS ENTRE CIVIS E MILITARES

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira que as Forças Armadas estão dispostas a contribuir para diminuição do déficit previdenciário e já negociam os termos de um projeto de lei para alterar regras do regime de proteção social da categoria. Os militares ficaram de fora da reforma proposta nesta semana pelo governo e devem ser tratados em uma proposta separada.

A estimativa do ministro é que ela seja enviada à Casa Civil até o início de fevereiro. Segundo ele, nada foi descartado nas negociações e tudo está na mesa, inclusive a possibilidade de aumento do tempo de serviço e da contribuição dada pelos servidores à pensão, hoje de 11%.

— Tudo está posto, não estamos excluindo nenhuma opção — disse.

Jungmann disse que uma possível vedação ao acúmulo de salários e pensões por dependentes de militares será tratada no projeto de lei que será enviado ao Legislativo. O governo mudou na última hora a proposta de emenda constitucional (PEC) que foi encaminhada ao Congresso Nacional para excluir do texto a proibição desses acúmulos para militares, o que gerou críticas de que estaria, na verdade, desvirtuando o projeto.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, o ministro Jugmann está mentindo. Não há projeto algum em negociação referente aos militares, é tudo só conversa fiada, favorecimento e protecionismo. O que existe é um governo fraco, que se submete a qualquer tipo de pressão. Os militares disseram não, e o governo se curvou. O fato concreto é que o projeto da reforma da Previdência Social é um tremendo equívoco, porque divide a sociedade brasileira entre civis e militares (incluindo PMs e bombeiros), algo verdadeiramente inimaginável e que sequer foi aventado durante a longa ditadura militar. É claro que esse projeto terá de ser recusado no Congresso. Ao parece que parece, existe uma trama para destruir a democracia no Brasil e o governo Temer, por incompetência, está dando força a essa manobra. (C.N.)

10 de dezembro de 2016
Bárbara Nascimento

O Globo

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