"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 31 de dezembro de 2016

PEZÃO VETA REDUÇÃO DO PRÓPRIO SALÁRIO JÁ APROVADA PELA ASSEMBLÉIA DO RIO

E A CRISE, GOVERNADOR?
MEDIDA ERA UMA DAS PRINCIPAIS INICIATIVAS DO PACOTE DE AUSTERIDADE


GOVERNADOR ARGUMENTOU QUE, COMO DEPUTADOS REJEITARAM A CRIAÇÃO DA ALÍQUOTA PREVIDENCIÁRIA EXTRAORDINÁRIA DE ATÉ 30% NA FOLHA DE PAGAMENTOS DE SERVIDORES ATIVOS E INATIVOS, APENAS ALTO ESCALÃO DO EXECUTIVO SAIRIAM PREJUDICADOS (FOTO: MARCELO FONSECA)

Em meio a uma grave crise fiscal, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), vetou o projeto de lei de autoria do próprio Poder Executivo que reduzia o salário da cúpula do governo estadual.

A medida era uma das principais iniciativas do pacote de austeridade enviado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para enfrentar a crise nas contas públicas. Tinha como objetivo ajudar a sanar as contas do governo. Após aprovada em plenário, a redução nos subsídios de autoridades estaduais seguiu para sanção do governador.

Segundo Pezão, como os deputados rejeitaram a criação da alíquota previdenciária extraordinária de até 30% na folha de pagamentos de servidores ativos e inativos, apenas governador, vice-governador, secretários e subsecretários teriam que suportar reduções em seus subsídios, “o que evidentemente não se coaduna com o espírito inicial da medida, vinculada à observância do princípio da isonomia”, alegou.

A decisão de Pezão em que volta atrás sobre o corte de seu salário foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira. Na justificativa do veto, o governador argumenta ainda a redução dos salários de dirigentes estaduais tornaria a remuneração da cúpula do Poder Executivo estadual inferior aos ganhos de agentes subordinados, “em verdadeira inversão da hierarquia e correlatos graus de responsabilidades”.

No mesmo veto, Pezão rejeitou ainda emendas que tinham objetivo de reduzir gastos com a frota de veículos oficiais usados pelos órgãos e entidades da administração pública estadual; com a concessão de diárias e traslados a servidores públicos e temporários; e com a utilização de helicópteros oficiais do Estado do Rio de Janeiro. (AE)



31 de dezembro de 2016
diário do poder

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