"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 31 de dezembro de 2016

COBERTURA DA GUERRA NA SÍRIA: NOTÍCIAS FALSAS, ATIVISMO E FATOS OMITIDOS PELA GRANDE MÍDIA

INTERNACIONAL - ORIENTE MÉDIO

Explosão de um posto de gasolina em Aleppo, capital síria, em outubro de 2013. (Foto: Haleem-Al-Halab/Reuters/Landov)

Em 2013 o senador republicano Rand Paul afirmou: "Doze anos depois que nós fomos atacados pela Al Qaeda, 12 anos depois que 3000 americanos foram mortos pela Al Qaeda, o presidente Obama agora nos pede que sejamos aliados da Al Qaeda".

Mas o apoio ao ponto do senador veio na forma de um relatório pelo correspondente do NBC Nightly News, Richard Engel. O âncora Brian Williams descreveu isso como "um olhar exclusivo sobre como a Al Qaeda está cada vez mais nesta luta" na Síria.

Em reportagem do sul da Turquia, Engel disse: "A administração Obama decidiu que não vão intervir na Síria, pelo menos por agora. Mas a Al Qaeda vai. Todos os dias vemos seus combatentes desta cidade, nas ruas, nos aeroportos, indo para a Síria."

Apesar da alegação sobre a não intervenção dos EUA, The Washington Post relatou que a administração Obama está indo adiante de qualquer maneira, e que "A CIA começou a entregar armas aos rebeldes na Síria, encerrando meses de atraso na ajuda letal que havia sido prometida pela administração Obama." [3]

Muito se comenta sobre o sofrimento terrível causado pela perseguição promovida pelo presidente da Síria, Bashar Al Assad, aos civis de seu país de forma aleatória.

O que ocorre é que há muita desinformação circulando tanto através de grandes veículos de informação, como a Associated Press, Al Jazeera e Reuters, como também por pequenos canais na internet.

No vídeo abaixo, Eva Bartlett, uma jornalista independente do Canadá, expõe algumas questões sobre o que ocorre na Síria e mostra outros fatos que nunca são mencionados na grande mídia.

A jornalista dá nome aos bois e cita organizações e indivíduos por trás de interesses na desestabilização do país, e, também, questiona as mentiras sustentadas por jornais como o New York Times, o Democracy Now, entre outras famosas agências de notícias do mundo, que insistem na tese de que há uma guerra civil descontrolada no local [4], mesmo quando os tais "jornalistas e ativistas no local" não são tão confiáveis assim.

Tirem suas conclusões.

Guerras são travadas não somente com balas, mas também por meio de informação. Em toda guerra, há muita propaganda e desinformação vindas de ambos os lados envolvidos na batalha. No caso da Síria, a complexidade é maior, pois há pelo menos quatro forças atualmente lutando pelo poder: o atual governo de Bashar al Assad, o ISIS junto à fronteira com o Iraque, uma federação de milícias como a Al-Nusra (ligada à Al Qaeda), e os curdos sírios, mais próximos à fronteira turca. Em alguns momentos, é difícil saber quem está lutando contra quem. O que vemos na Síria, atualmente, já deixou de ser uma guerra civil para se transformar em uma miniguerra mundial, envolvendo as maiores potências do planeta — EUA e Rússia.

Em meio a esta guerra de informação, as redes sociais foram recentemente inundadas por mensagens de despedida vindas de Aleppo, na Síria. Nelas, sírios davam suas últimas palavras condenando o descaso do mundo diante do suposto genocídio cometido pelo exército sírio contra seu povo, com a ajuda da Rússia. Estes vídeos viralizaram e seus autores deram entrevistas, em horário nobre, em canais de TV como a BBC, CNN e Al Jazeera. O outro lado desta história, você confere aqui.

31 de dezembro de 2016
(Tradução: Felipe Galves Duarte
Revisão: Renan Poço)
(Tradutor: Hugo Silver)
http://tradutoresdedireita.org/
http://facebook.com/tradutoresdedireita

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