"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

CRIMINALIDADE SOFISTICADA, PODEROSA, DIZ PROCURADOR SOBRE CONTRAINTELIGÊNCIA

POLICIAIS LEGISLATIVOS EMBAÇARAM A LAVA JATO, SUSTENTA O MPF

PARA FREDERICO PAIVA, DO MPF, POLICIAIS LEGISLATIVOS QUE AGIRAM CONTRA A LAVA JATO TINHAM 'PLENA CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE DE SEUS ATOS' (FOTO: JOSÉ CRUZ/ABR)

Em manifestação de 7 páginas à Justiça Federal, na Operação Métis, a Procuradoria da República, no Distrito Federal, classificou como ‘criminalidade sofisticada, técnica, poderosa’ a estratégia de contrainteligência dos policiais do Senado que atuaram para barrar a Operação Lava Jato em benefício dos senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) e dos ex-senadores José Sarney (PMDB-AP) e Edison Lobão Filho (PMDB-MA).


“O caso dos autos não é o de uma criminalidade comum. Pelo contrário. É de criminalidade sofisticada, técnica, poderosa. Combatê-la é missão tão difícil quanto imprescindível e sua materialização se dará pela busca e análise de detalhes, de pequenas informações que, contextualizadas, embasarão uma eventual pretensão acusatória em juízo”, aponta a manifestação da Procuradoria da República.

Quatro policiais legislativos foram presos na manhã desta sexta-feira, 21, pela Polícia Federal – Pedro Ricardo Araújo Carvalho, diretor da Polícia do Senado, Antônio Tavares dos Santos Neto, Everton Elias Ferreira Taborda e Geraldo César de Deus Oliveira.

Segundo a Federal, eles efetuaram varreduras nos endereços residenciais dos políticos e também em seus gabinetes particulares, em São Luís e em Curitiba, e no Senado. A missão do grupo era encontrar e destruir grampos telefônicos e ambientais.

O parecer que levou à Justiça a autorizar a Operação Métis é subscrito pelo procurador da República Frederico Paiva.

“Os servidores alvo das medidas constritivas requeridas pela Polícia Federal, além de terem plena consciência da ilicitude de seus atos, ainda foram devidamente avisados pelo Setor Jurídico do Senado Federal, o que reforça a gravidade de suas condutas”, acusa o procurador. (AE)



21 de outubro de 2016
diário do poder

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