"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

PETELÂNDIA ATERRORIZA SÃO PAULO CONTRA O IMPEACHMENT

Não se conserta um desastre quando a dimensão da tragédia já se consumou - sobretudo no imaginário popular. Eis a lição que a teimosia e a falta de visão estratégica de Dilma Rousseff não permitirão que ela tire deste momento presente na História. 
O impeachment tornou-se inevitável porque a expectativa de poder migrou da Dilma afastada para o Michel Temer interino - mesmo que ele ainda soe como uma opção temerária e ainda não confiável para resolver graves problemas econômicos.

Dilma Rousseff não teria caído se tivesse governado com a qualidade, segurança, equilíbrio e eficiência com que atuou no histórico depoimento de 29 de agosto de 2016 ao Senado. Dilma foi melhor que o esperado em sua defesa contra o impeachment impossível de reverter. 

Ela perderá, definitivamente, a Presidência. Deve ganhar vários processos judiciais quando perder o foro privilegiado. Como prêmio de consolação no julgamento, Dilma bem que merecia um Oscar (Melhor atriz, combinado com Efeitos Especiais). 
Dilma precisará da mesma resistência de ontem para suportar as broncas que logo virão contra ela - muito piores e mais graves que as pedaladinhas fiscais do impedimento.

Foi um belíssimo "Embromation Day"... Durante 15 horas, Dilma Rousseff repetiu um "mantra" que dificilmente será seguido pelos senadores pré-programados para condená-la. Dilma insistiu na tese o tempo todo: "Não se pode tirar do poder uma Presidente(a) eleita pelo voto direto sem a comprovação de um crime de responsabilidade". 

Apesar do esforço retórico da bem preparada defesa, e do trabalho agerruido da tropa de choque do jardim de infância, o impeachment passará. Não adianta chorar. A expectativa de poder - sobretudo o econômico que influencia o político - favorece, no momento, Michel Temer. Depois, o jogo pode mudar... 
A dúvida persiste: até quando os peemedebostas vão sobreviver à crise estrutural do Estado Capimunista brasileiro?

Pouco ou nada importou o que Dilma Rousseff disse em seu discurso ou em suas respostas aos senadores que julgam seu impeachment. Dilma, afastada da Presidência da República, já era im cadáver politicamente insepulto! Inegavelmente, a Presidanta foi vítima do golpismo. 

Ela só não teve sinceridade nem honestidade intelectual para fazer a autocrítica de que o golpe foi dado por ela mesma contra si mesma. Dilma não caiu: derrubou-se! Claro que os corruptos do PT, PMDB e demais comparsas ajudaram... No entanto, a culpa de perder o poder é principalmente da arrogância dela.

Dilma não sobreviveu a si mesma, nem ao tsunami de corrupção que atingiu o PT e que ganhou amplitude midiática e popular graças aos movimentos de rua que foram habilmente instrumentalizados pela oposição ao regime nazicomunopetralha. 

A petelândia, que sempre se arvorou de ter a hegemonia das massas, perdeu a batalha comunicativa e política. A Lava Jato foi fatal. Lula acabou condenado previamente, passando de falso herói a grande vilão do Brasil. 
O desastre dele e do PT arrasou com a Dilma. O fracasso econômico completou o serviço.

O juízo final de Dilma recomeça às 10 horas no Senado. A previsão é que os trabalhos desta terça-feira avancem pela quarta-feira. De madrugada, a decisão fatal contra Dilma será tomada. O mínimo de 54 votos para detonar Dilma já está garantido. Assim que o Senado tirar o segundo mandato de Dilma, o sucessor Michel Temer assume imediatamente a Presidência da República.

O curioso e irônico é que, neste dia 31, como Temer já tem viagem programada para a reunião do G-20 na China, teremos outro Presidente interino: Rodrigo Maia - o sucessor do Eduardo Cunha que foi fundamental para degolar a Dilma. O Brasil deveria acabar com essa palhaçada de dupla-presidência nas viagens presidenciais ao exterior.

Mais palhaçada? Em São Paulo, a petelândia começa o dia bloqueando, com pneus queimados, todas as pistas das Marginais Tietê e Pinheiros. Ações básicas de terrorismo urbano conseguem parar a maior cidade do País no protesto contra o impeachment. 

Tudo feito de maneira profissional por militantes fanáticos. A Polícia, que estava de prontidão, foi lenta demais em reprimir os terroristas urbanos. Militantes do MTST botaram um caminhão de bombeiro para correr.

A baderna que não ocorreu no governo provisório de Temer tem tudo para se fortalecer a partir de agora, quando ele assume definitivamente. O terror vai se ampliar... Toda véspera de eleição é assim... Mas, agora, a queda de Dilma e a inevitável posse de Temer facilitam a radicalização do momento.

A esquerda segue em hegemonia no Brasil. Caso consiga se reinventar, o petismo que agora em desgraça tem tudo para retomar o poder, futuramente.

Fashion

Embromation Day

Insuportáveis

Preço da traição

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Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
30 de agosto de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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