TROCAS DE MENSAGENS DE LÉO PINHEIRO TRATAM MARISA COMO 'DAMA'
A Polícia Federal reuniu como provas de que a OAS teria custeado reforma no tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá (SP) em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva notas fiscais, documentos encontrados nas buscas e análises de mensagens dos celulares dos investigados. O petista, a mulher, Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e dois ex-executivos da empreiteira foram indiciados nesta sexta-feira, 26, pela Operação Lava Jato, em Curitiba.
“(Lula) recebeu vantagem indevida por parte de José Aldemário Pinheiro e Paulo Gordilho, presidente e engenheiro da OAS, consistente na realização de reformas no apartamento 174”, informa relatório final do inquérito assinado pelo delegado Márcio Adriano Anselmo. O imóvel recebeu obras avaliadas em R$ 777 mil, móveis no total de R$ 320 mil e eletrodomésticos no valor de R$ 19 mil – totalizando R$ 1,1 milhão.
Construído pela Bancoop (cooperativa habitacional do sindicato dos bancários), que teve como presidente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto – preso desde abril de 2015 -, o prédio foi adquirido pela OAS em 2009 e recebeu benfeitorias da empreiteira, acusada de cartel e corrupção na Petrobrás. Para a Lava Jato, o ex-presidente seria o verdadeiro dono do tríplex e as reformas seriam propinas. A defesa do petista nega taxativamente.
Nas mensagens encontradas nos celulares apreendidos do ex-presidente da OAS e do engenheiro do grupo, em que Lula é chamado de “chefe” e Marisa de “madame”, segundo interpretação da PF, foram encontrados elementos para apontar que o casal orientou as reformas no apartamento do Guarujá – e também do sítio de Atibaia.”O projeto da cozinha do chefe da pronto Se marcar com a Madame pode ser a hora que quiser”, registra arquivo de troca de mensagem de Léo Pinheiro. “Amanha as 19h. Vou confirmar. Seria nom (bom) tb ver se o Guaruja esta pronto.”
“Guaruja também está pronto.” Para a polícia, eles falavam da instalação das cozinhas no apartamento do litoral e do sítio de Atibaia, ambas em 2014.
Marisa também é tratada como “dama” nas mensagens. “Dr Léo o Fernando Bittar aprovou junto a Dama os projetos tanto de Guarujá como do sítio”, registra uma mensagem de interlocutor não identificado enviada para o ex-presidente da OAS, em fevereiro de 2014 – um mês antes de ser deflagrada a Lava Jato. (AE)
27 de agosto de 2016
diário do poder
LULA E MARISA FORAM INDICIADOS NESTA SEXTA-FEIRA NA LAVA JATO. |
A Polícia Federal reuniu como provas de que a OAS teria custeado reforma no tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá (SP) em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva notas fiscais, documentos encontrados nas buscas e análises de mensagens dos celulares dos investigados. O petista, a mulher, Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e dois ex-executivos da empreiteira foram indiciados nesta sexta-feira, 26, pela Operação Lava Jato, em Curitiba.
“(Lula) recebeu vantagem indevida por parte de José Aldemário Pinheiro e Paulo Gordilho, presidente e engenheiro da OAS, consistente na realização de reformas no apartamento 174”, informa relatório final do inquérito assinado pelo delegado Márcio Adriano Anselmo. O imóvel recebeu obras avaliadas em R$ 777 mil, móveis no total de R$ 320 mil e eletrodomésticos no valor de R$ 19 mil – totalizando R$ 1,1 milhão.
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Construído pela Bancoop (cooperativa habitacional do sindicato dos bancários), que teve como presidente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto – preso desde abril de 2015 -, o prédio foi adquirido pela OAS em 2009 e recebeu benfeitorias da empreiteira, acusada de cartel e corrupção na Petrobrás. Para a Lava Jato, o ex-presidente seria o verdadeiro dono do tríplex e as reformas seriam propinas. A defesa do petista nega taxativamente.
Nas mensagens encontradas nos celulares apreendidos do ex-presidente da OAS e do engenheiro do grupo, em que Lula é chamado de “chefe” e Marisa de “madame”, segundo interpretação da PF, foram encontrados elementos para apontar que o casal orientou as reformas no apartamento do Guarujá – e também do sítio de Atibaia.”O projeto da cozinha do chefe da pronto Se marcar com a Madame pode ser a hora que quiser”, registra arquivo de troca de mensagem de Léo Pinheiro. “Amanha as 19h. Vou confirmar. Seria nom (bom) tb ver se o Guaruja esta pronto.”
“Guaruja também está pronto.” Para a polícia, eles falavam da instalação das cozinhas no apartamento do litoral e do sítio de Atibaia, ambas em 2014.
Marisa também é tratada como “dama” nas mensagens. “Dr Léo o Fernando Bittar aprovou junto a Dama os projetos tanto de Guarujá como do sítio”, registra uma mensagem de interlocutor não identificado enviada para o ex-presidente da OAS, em fevereiro de 2014 – um mês antes de ser deflagrada a Lava Jato. (AE)
27 de agosto de 2016
diário do poder
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