"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 28 de junho de 2016

O RODA VIVA COM O ECONOMISTA RAUL VELOSO: "QUANTO MAIS DINHEIRO SE COLOCA NO GOVERNO, MENOS EFICIÊNCIA ELE TEM."


Os equívocos da política fiscal do governo Dilma e as mudanças de rota propostas pela equipe econômica de Temer foram os temas dominantes do programa

Roda Viva | Raul Velloso | 27/06/2016 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=h4PyAQZS26M
19 horas atrás - Vídeo enviado por Roda Viva
Roda Viva entrevista o economista Raul Velloso, que irá falar sobre as atuais questões econômicas do 

“Ajuste fiscal significa, basicamente, manter as contas do governo sob controle”, resumiu didaticamente o economista Raul Velloso já na abertura do Roda Viva desta segunda-feira. 
Um dos mais respeitados especialistas em contas públicas do Brasil, ele apontou os principais equívocos da política fiscal do governo Dilma e considerou animadoras as mudanças de rota propostas pela equipe econômica de Michel Temer. 

“A diferença fundamental é que o governo anterior não tinha preocupação nenhuma com o ajuste fiscal e, o atual, garantiu que esta será sua prioridade”, observou.

Para o entrevistado, foram tantos os erros cometidos por Dilma Rousseff na área econômica que o impeachment é uma punição branda. 

“Além da violação das leis fiscais, houve uma combinação de decisões desastradas que culminaram na pior recessão da nossa história”, afirmou. 
Velloso localiza as origens do desastre em 2009, no segundo mandato de Lula, quando foi adotado um modelo econômico populista, baseado no aumento desenfreado do consumo e na expansão irresponsável do crédito.

“Todos aqueles que entendem minimamente do assunto sabiam que essa política terminaria assim”, disse. 
“O governo segurava o preço do petróleo, da energia elétrica e, ao mesmo tempo, concedia crédito. 
Foi um acúmulo de decisões erradas voltadas para ganhar as eleições”. 

Velloso é contra o aumento ou a criação de impostos numa período de recessão semelhante ao que aflige o Brasil. “Quanto mais dinheiro se coloca no governo, menos eficiência ele tem”, alertou. 
“O que falta há muitos anos é planejamento, diagnóstico e avaliação dos projetos”.

Embora se declare preocupado com as carências da infraestrutura, o engessamento dos orçamentos estaduais e a corrupção (“São fatores que inibem qualquer tipo de investimento no Brasil”), Velloso contempla sem pessimismo o horizonte próximo. 
“A inflação vai cair, porque agora temos uma equipe econômica de verdade e uma diretoria no Banco Central que não é complacente”, previu. “Quando olho o meu neto e penso no Brasil, tenho que ser otimista”.

A bancada de entrevistadores reuniu os jornalistas Dirceu Brisola (Brazil Now), Maria Cristina Farias (Folha), André Lahóz (Exame), Márcio Kroehn (Isto É Dinheiro) e Pedro Lobato (Estado de Minas). Com desenhos em tempo real do cartunista Paulo Caruso o programa foi transmitido ao vivo pela TV Cultura


28 de de junho de 2016
in Augusto Nunes, VEJA

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