"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 28 de junho de 2016

DILMA ACREDITA QUE A PERÍCIA PROVOU NÃO TER HAVIDO CRIME DE RESPONSABILIDADE


















A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira,27, que a perícia feita pelo corpo técnico do Senado atesta a inexistência de crime de responsabilidade nos atos que embasam o pedido de impeachment em tramitação no Congresso. “Hoje ficou caracterizado que os motivos pelos quais eles me acusam não caracterizam crime. Nós viemos dizendo isso há muito tempo, mas agora a própria perícia constatou isso”, disse Dilma, em entrevista concedida à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.
A perícia realizada pelo corpo técnico do Senado veio a público nesta segunda-feira com a divulgação do laudo do trabalho. O documento responsabiliza a petista pela liberação de créditos suplementares por meio de decreto, sem o aval do Congresso, mas isenta Dilma da atuação nas pedaladas fiscais.
SEM ALERTA – Sobre os decretos, ela disse que não foi constatada nenhuma participação dolosa de sua parte. “Não há, em nenhum momento, um alerta ou um parecer técnico que diga ‘presidenta, se você assinar este decreto estará comprometendo a meta fiscal’. Por isso fica cada vez mais claro que este processo de impeachment não tem base legal, não tem fundamentação.”
Na entrevista, Dilma reafirmou que está trabalhando para reverter o processo de afastamento no plenário do Senado, na votação que deve ocorrer em agosto. “Não só tenho esperança como tenho sistematicamente feito tratativas nesta direção, conversando com senadores e discutindo também com os movimentos sociais.”
SEM CONSENSO – A presidente afastada também disse que, caso seja absolvida no processo de impeachment, ela ainda não sabe se chamaria um plebiscito para a convocação imediata de novas eleições presidenciais. “Ainda não há consenso entre as diferentes forças que me apoiam”, afirmou.
Segundo Dilma, a certeza que se tem no momento é que a volta “plena e irrestrita” de seu mandato é condição essencial para a manutenção do processo democrático. “Caso contrário estaremos sempre na ilegalidade, que é a ruptura democrática sem causa. É como rasgar a Constituição”, disse.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É claro que Dilma iria aproveitar essa “interpretação livre” feita pela mídia a respeito da inexistência de pedaladas, embora a perícia tenha constatado que “os atrasos nos pagamentos devidos ao Banco do Brasil constituem operação de crédito, tendo União como devedora, o que afronta ao disposto no art. 36 da LRF”, pois é justamente este dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal que caracteriza as pedaladas. Na entrevista, é engraçado ver Dilma falando nas “diferentes forças” que a apoiam, quando na verdade ela só é apoiada pelos “suspeitos de sempre”, como dizia o chefe de polícia no filme “Casablanca”. Porém, o mais patético é a presidente da República alegar que assinou decretos ilegais porque ninguém a alertou. Agindo dessa forma, ela simplesmente se torna uma ré confessa que tenta escapar culpando os cúmplices. (C.N.)


28 de junho de 2016

Gabriela LaraEstadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário