"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

MARANHÃO DEIXA PLENÁRIO APÓS DEPUTADOS RECUSAREM VOTAR DRU SOB SUA PRESIDÊNCIA

PPS, DEM, PSDB E PSB EXIGIRAM QUE ELE DEIXASSE COMANDO DA SESSÃO

PPS, DEM, PSDB E PSB EXIGIRAM QUE ELE DEIXASSE COMANDO DA SESSÃO. FOTO: LUIS MACEDO/CÂMARA


Em sua primeira tentativa de comandar uma votação desde que assumiu a presidência interina da Câmara, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) não aguentou a pressão e decidiu deixar a sessão plenária desta quarta-feira, 8.

O parlamentar cedeu à pressão feita por líderes do PPS, DEM, PSDB e PSB, que exigiram que ele deixasse o comando dos trabalhos no plenário para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023.

Maranhão deixou o plenário antes de a votação começar, afirmando que iria para seu gabinete, mas voltaria a comandar a sessão ainda nesta quarta-feira. "Vou só ali no meu gabinete, mas volto", disse. Ele só deve voltar, no entanto, após a aprovação da DRU.

O deputado maranhense decidiu presidir a sessão plenária desta quarta-feira depois de mais de uma semana sumido da Câmara. Seria a primeira vez que ele comandaria votações na Casa, desde que assumiu o comando interino, se não tivesse deixado o plenário.

Desde que assumiu o comando da sessão de votações, ele passou a ser alvo de protesto de deputados da antiga oposição à presidente Dilma Rousseff. "Com ele aqui não iremos votar", afirmou o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM).

O líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), também cobrou a saída do presidente interino do comando da sessão. "Todos nós queremos votar a DRU. Queremos votar, mas para que isso aconteça é necessário a renúncia de vossa excelência da condução dos trabalho", disse.

Imbassahy, Pauderney e os líderes do PPS, Rubens Bueno (PR), e do PSB, Paulo Folleto (ES), pedem apoio de outros deputados para conseguirem pôr em pauta requerimento para tramitação de urgência de projeto de resolução que declara vago o cargo de presidente da Câmara.

A projeto de resolução é de autoria do deputado Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS. Para que o requerimento de urgência da proposta seja apresentado, os partidos precisam de assinaturas de líderes que representem 171 deputados.

Desde que assumiu o comando interino da Câmara, Maranhão chegou a presidir duas sessões, mas não houve votações em nenhuma delas. Para diminuir a pressão pela sua saída, ele aceitou permanecer oficialmente como presidente interino e transferir o comando de fato da Casa a outros membros da Mesa Diretora.



08 de junho de 2016
diário do poder

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