"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

CONFIRMADO: JANOT APROVEITOU A DELAÇÃO DE MACHADO PARA TENTAR DESTRUIR TEMER



Charge do Aroeira, reprodução do portal O Dia



















Não há mais dúvida de que o procurador-geral Rodrigo Janot agiu de forma altamente leviana e irresponsável ao denunciar o vice-presidente Michel Temer ao Supremo, acusando-o de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, com a finalidade de afastar a presidente Dilma Rousseff e assumir o governo para abafar a Operação Lava Jato.
Esta denúncia de Janot ao STF foi baseada, única e exclusivamente, na delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, na qual Michel Temer é citado por ter supostamente pedido uma “doação oficial” de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita a prefeito em 2012. E o mais grave é que Machado afirmou que a doação realmente foi feita.
Acontece que não houve esse patrocínio da Queiroz Galvão à campanha de Chalita. “Nunca vi Sérgio Machado, não o conheço. Nunca pedi dinheiro a ele, nem o presidente Michel Temer nunca negociou recursos para a minha campanha”, afirmou Chalita, acrescentando que a maior parte dos recursos de sua campanha veio do diretório nacional do PMDB.
CONTA DE CHEGAR – Como na delação Machado falou expressamente em “doação oficial” e a Queiroz Galvão não aparece como patrocinadora de Chlita na listagem da Justiça Eleitoral, agora estão inventando uma “conta de chegar”, como se dizia antigamente, para alegar que a empreiteira teria dado o dinheiro vivo ao PMDB nacional, que depois o repassara para a campanha paulistana.
Esta versão é um delírio completo. Como dar entrada a R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo no caixa do PMDB, que é abastecido exclusivamente pelo Fundo Partidário e por doações oficiais de campanha? Uma fraude contábil dessa proporção não seria concebível nem mesmo se o PMDB adotasse as maquiagens e pedaladas da “contabilidade criativa” de Dilma Rousseff, Guido Mantega e Arno Augustin.
NO DIA DO AFASTAMENTO – Por coincidência, o procurador Janot encaminhou essa denúncia ao Supremo a 12 de maio, exatamente o dia em que Dilma Rousseff foi afastada pelo Senado. Mas foi mesmo coincidência ou de propósito, para desestabilizar um governo que nem se iniciara?
Janot simplesmente teve a ousadia de denunciar ao Supremo que a ascensão de Michel Temer à Presidência da República foi uma trama diabólica para obstruir a Lava-Jato, e então pediu abertamente uma intervenção do Poder Judiciário no processo político, exatamente no dia da queda de Dilma.
Vamos então relembrar a estranhíssima advertência de Janot ao Supremo: “Os efeitos desse estratagema estão programados para serem implementados com a assunção da Presidência da República pelo vice-presidente Michel Temer e deverão ser sentidos em breve, caso o Poder Judiciário não intervenha”.
JANOT NÃO ENGANA MAIS – O fato é que o relator Teori Zavascki e os demais ministros do Supremo não embarcaram nessa teoria conspiratória urdida pelo procurador-geral da República.
Há perguntas sem respostas. Afinal, será que o procurador Janot realmente quer uma intervenção do Judiciário (leia-se: do Supremo) para trazer de volta ao poder os chefes da quadrilha que saqueou os cofres do país? Afinal, o povo paga o salário do procurador-geral da República para defender o interesse público ou o interesse do PT? É isso que está em questão.
O fato é que está cada vez mais claro que o objetivo de Janot era desestabilizar o governo Temer, para possibilitar a volta de Dilma Rousseff ao poder, acompanhada da quadrilha do PT, uma possibilidade tenebrosa, sinistra e assustadora, especialmente depois que o TCU denunciou que as pedaladas e outras ilegalidades da contabilidade criativa de Dilma Rousseff custaram ao país R$ 260 bilhões em 2015.
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PS – Conforme a Tribuna da Internet informou na madrugada desta sexta-feira, Sérgio Machado já mudou sua versão original. Em nota oficial divulgada nesta quinta-feira, ele já não diz que Temer pediu recurso oriundo de propina.  Pelo contrário, diz que Temer pediu doação e apenas alega que “o vice-presidente e todos os políticos citados sabiam que a solicitação seria repassada a um fornecedor da Transpetro, através de minha influência direta”. E daí? Onde está a ilegalidade do pedido de Temer? Machado cada vez se enrola mais, e a credibilidade de Janot não existe mais. (C.N.)

17 de junho de 2016
Carlos Newton

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