O empresário Marcelo Odebrecht disse a procuradores da Operação Lava-Jato que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, cobraram doações de empresários que tinham financiamentos do banco para a campanha de Dilma Rousseff em 2014. De acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” que será publicada neste domingo, eles teriam pedido a empreiteiros que se reunissem com o ministro Edinho Silva, que na época era tesoureiro da campanha de Dilma, para que “continuassem a ser ajudados” pelo governo. Coutinho teria perguntado a um ex-executivo de uma empreiteira, em agosto de 2014, se ele conhecia Edinho. O ex-executivo teria entendido a pergunta como uma forma de pressão, e sua empresa fechou acordo para doação à campanha nas semanas seguintes.
À “Folha de S.Paulo”, Coutinho, Mantega, Edinho Silva e o PT negaram a acusação de Marcelo Odebrecht. O empresário negocia termos de um acordo de delação premiada.
MANTEGA NA PARADA
Mantega já havia sido citado na delação de Monica Moura, a mulher do marqueteiro João Santana, que trabalhou na campanha pela reeleição de Dilma, como revelou O Globo em abril. Segundo Monica, o ex-ministro intermediou o pagamento de caixa 2. Contou que Mantega se reuniu com ela e indicou, mais de uma vez, executivos de empresas que deveriam ser procurados para ela receber contribuições em dinheiro, que não passaram por contas oficiais do PT e, por isso, não foram declaradas à Justiça Eleitoral.
Na ocasião, Mantega reconheceu ter se encontrado com Monica, mas negou a acusação. Monica afirmou ainda que a Odebrecht pagou R$ 4 milhões em dinheiro para a campanha de Dilma em 2014, não registrados nas contas oficiais de campanha. Os valores teriam sido entregues diretamente para ela e usados para pagar fornecedores na área de comunicação.
Também em delações, o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio de Azevedo e outros ex-executivos da empreiteira haviam dito que a empreiteira pagou R$ 150 milhões à campanha de Dilma. O montante corresponderia a 1% do valor de contratos da obra da hidrelétrica de Belo Monte.
LIBERTAÇÃO DO EMPREITEIRO
Marcelo Odebrecht informou também que a presidente Dilma Rousseff tentou garantir sua liberdade após ele ser preso em junho de 2015. Ele relatou, segundo a “Folha de S.Paulo”, que a nomeação do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fazia parte da ofensiva contra as prisões de empreiteiros pela operação.
A nomeação de Navarro para o STJ com o intuito de conceder liberdade a presos da Lava-Jato já havia sido revelada pelo senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) em delação. Com base nessa acusação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar Dilma. Na quarta-feira, Dilma declarou que as acusações de Delcídio são “levianas” e “mentirosas”.
ACORDO DE DELAÇÃO
Segundo a “Folha de S.Paulo”, os procuradores aguardam explicações sobre o esquema de financiamento de projetos no exterior para fechar o acordo de delação premiada. Eles esperam informações sobre a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em negócios de empreiteiras na América Latina e na África.
Marcelo Odebrecht já foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. E responde a outars acusações.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nesta importante matéria, enviada pelo comentarista Moacir Pimentel, não há novidades, apenas confirmações. Mas era justamente isso que faltava para incriminar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva. Com essas informações de Marcelo Odebrecht, enfim pode-se declarar definitivamente encerrada a era do PT no Brasil. Justamente por isso, 26 deputados federais estão se preparando para abandonar a legenda moribunda, para se filiar ao novo parttido que está sendo criado pelo ex-governador gaúcho Tarso Genro, que também enriqueceu ilicitamente no poder e não é flor que se cheire, como se dizia antigamente. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nesta importante matéria, enviada pelo comentarista Moacir Pimentel, não há novidades, apenas confirmações. Mas era justamente isso que faltava para incriminar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva. Com essas informações de Marcelo Odebrecht, enfim pode-se declarar definitivamente encerrada a era do PT no Brasil. Justamente por isso, 26 deputados federais estão se preparando para abandonar a legenda moribunda, para se filiar ao novo parttido que está sendo criado pelo ex-governador gaúcho Tarso Genro, que também enriqueceu ilicitamente no poder e não é flor que se cheire, como se dizia antigamente. (C.N.)
08 de maio de 2016
Michel Filho
O Globo
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