Eduardo Cunha foi para o espaço, ameaçado de prisão preventiva se der mais uma palavra para tirá-lo do roteiro de horror. A Câmara imagina substituir seu ex-presidente por uma esmaecida cópia, ao tempo em que sobre o Senado pairam nuvens de tempestade, tornando-se Renan Calheiros a bola da vez.
RECESSÃO EM CENA
O empresariado encolheu-se, evitando colaborar numa recuperação na qual não acredita, ao tempo em que as centrais sindicais saíram de cena e a classe média busca apenas sobreviver, sabendo que não vai dar.
Para todo cenário em que procuramos depositar esperanças, fecha-se o palco. O sentimento predominante no país é de medo. Não há quem deixe de imaginar o pior. Caracteriza-se a soma de todos os medos, expressa no vaticínio de que não vai dar certo. E não dando, qual a alternativa?
SEM ILUSÕES
Dias atrás floresceu a proposta de eleições imediatas em todos os níveis, de Norte a Sul. Logo desfez-se a ilusão, com a evidência de que não mudará nada pelo comparecimento da população às urnas. Os candidatos serão os mesmos. Os eleitores, também. O modelo, igualzinho ao atual.
Milagres, faz muito que não acontecem. Nem parlamentarismo nem monarquia, muito menos ditadura dariam jeito. Proibir todo tipo de reeleição seria um risco, pois quem garante que os próximos seriam melhores do que os atuais?
Em suma, entre tantos mensalões e petrolões, incompetência e corrupção, frustrações e decepções, não sobrou nada.
08 de maio de 2016
Carlos Chagas
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