"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

CONHEÇA OS CINCO POLÍTICOS MAIS PRÓXIMOS DE TEMER (TRÊS ESTÃO DESEMPREGADOS)


Padilha, Jucá, Geddel, Henrique e Moreira Franco
Padilha, Jucá, Geddel, Alves e Moreira Franco cercam Temer








A decisão da Câmara, que praticamente possibilita ao vice-presidente Michel Temer assumir a cadeira ainda ocupada pela presidente Dilma Rousseff , faz aumentar a curiosidade sobre o peemedebista e as pessoas que o cercam. Discreto e tido como “reservado”, Temer é a principal liderança do PMDB, maior partido do Congresso Nacional. A reportagem do UOL conversou com parlamentares e políticos de dentro e de fora do partido, que apontaram cinco pessoas como as mais próximas do vice-presidente. Todas elas, aliás, integrantes do PMDB.
Hoje, os homens apontados como os mais próximos de Temer são Eliseu Padilha (RS), Henrique Eduardo Alves (RN), Moreira Franco (RJ), Geddel Vieira Lima (BA) e Romero Jucá (RR).
Além da proximidade com o vice-presidente, os cinco têm em comum o fato de já terem ocupado cargos importantes em administrações petistas. Os quatro primeiros foram ministros durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma. Jucá, por sua vez, foi líder do governo no Senado tanto nas gestões de Lula quanto de Dilma.
GEDDEL, O ARTICULADOR
Geddel Vieira Lima é filiado ao PMDB da Bahia desde 1990. Foi deputado federal por cinco mandatos consecutivos e contemporâneo de Temer na Câmara dos Deputados. Geddel foi um dos integrantes do PMDB mais críticos em relação à aproximação entre o PMDB e o PT quando Lula assumiu seu primeiro mandato, em 2003.
Mesmo assim, ele foi nomeado ministro da Integração Nacional em 2007, com o aval do PMDB. Em 2010, suas críticas ao PT ganharam mais força quando ele perdeu a disputa ao governo da Bahia para Jaques Wagner (PT).
Por pessoas próximas, ele é considerado um dos poucos capazes de discordar, publicamente, de Temer. “Ele é o único que tem coragem de dizer, na cara de Temer, que ele está errado. Já fez isso em mais de uma ocasião. Essa característica, inclusive, já incomodou Temer algumas vezes”, afirmou um senador próximo ao grupo.
Essa faceta ficou evidente quando ele defendeu abertamente o rompimento do PMDB com o governo em julho de 2015, enquanto Temer defendia a manutenção da legenda na base governista.
PADILHA, O OPERADOR
Eliseu Padilha é um dos quadros mais antigos do PMDB. Está na legenda desde quando ela se chamava MDB (Movimento Democrático Brasileiro), nos anos 1960. Ao todo, foi deputado federal por cinco mandatos desde 1995. No governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Padilha ocupou o Ministério dos Transportes entre 1997 e 2001 como parte da aliança entre PSDB e PMDB.
Já durante a gestão petista, Padilha ocupou a Secretaria da Aviação Civil em janeiro de 2015. Deixou o cargo em dezembro de 2015, em meio ao agravamento das relações entre PMDB e o PT.
É um dos principais aliados de Temer e participou de diversas reuniões da chamada articulação política no ano passado, quando o vice-presidente era o encarregado de dialogar, em nome do governo, com o Congresso.
Um senador do PMDB próximo a Padilha e a Temer diz que a capacidade de “mapear” votos é um diferencial de Padilha. “Ele é muito bom nesse mapeamento. Ele conversa com todo mundo e monitora bem como serão os votos. Ele é muito preciso”, afirmou o senador.
HENRIQUE ALVES, O AMIGO
Filiado ao PMDB desde 1982, Henrique Eduardo Alves tem a experiência de 11 mandatos de deputado federal consecutivos e é considerado o mais próximo de Temer. Segundo ele mesmo, a amizade com o vice-presidente se estreitou durante o período em que Temer era presidente da Câmara e Henrique era líder do PMDB, em 2007.
“Essa amizade cresceu quando atuamos juntos na Câmara, no dia a dia daquela Casa, eu como líder e ele como presidente. Quantas dificuldades passamos? Inúmeras”, afirmou Henrique.
Um deputado do PMDB afirma que, dos cinco da “tropa de choque”, Henrique é mais próximo de Temer. “Com o Henrique, não é só uma relação política. É uma amizade, mesmo. Ele escuta o que o Henrique fala. São muitos anos de convivência”, afirmou.
MOREIRA, O “PENSADOR”
Presidente da Fundação Ulysses Guimarães, braço do PMDB destinado à formação de quadros e formulação de políticas, Moreira Franco é apontado como o “pensador” do grupo. “Ele pensa as estratégias e avalia os passos”, diz um deputado do PMDB. “Ele é um estrategista e conversa muito com o vice-presidente”, afirmou um senador ligado ao grupo.
Um dos principais líderes do PMDB, Moreira Franco acompanhou o partido em sua “metamorfose” ao longo dos últimos 20 anos. Durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, atuou como assessor especial da Presidência. Quando o PMDB passou a integrar a base governista do ex-presidente Lula, Moreira Franco também ocupou cargos importantes.
Em 2007, assumiu a vice-presidência de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal e, em 2011, a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo da recém-eleita Dilma Rousseff. Em 2013, assumiu a Aviação Civil, cargo que deixou em janeiro de 2015 dando lugar ao colega Eliseu Padilha.
JUCÁ, O “CENTROAVANTE”
Enquanto os outros quatro integrantes desse “núcleo duro” estão no PMDB desde os anos 80 ou 90, Romero Jucá só chegou ao partido em 2003, depois de deixar o PSDB. A mudança de partido permitiu a Jucá estabelecer uma curiosa marca: ser líder do governo no Senado tanto nas gestões de Fernando Henrique Cardoso quanto nas de Lula e Dilma Rousseff.
A capacidade de transitar entre diferentes legendas faz com que ele seja avaliado positivamente por correligionários. “Todo time precisa de um centroavante. Ele é muito habilidoso e executa bem as missões que dão para ele”, afirmou um cacique do PMDB. O colega Moreira Franco complementa: “ele é um dos melhores quadros que temos”, disse.
Nem o fato de ser investigado pela Operação Lava Jato e apontado por executivos da empreiteira Andrade Gutierrez como beneficiário do pagamento de propina (suspeitas que ele nega) impediu que Jucá recebesse de Temer duas missões espinhosas: conduzir a ruptura do PMDB com o governo, oficializada no final de março, e defender o vice-presidente dos ataques que vem sofrendo por integrantes do governo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Dos cinco, três estão desempregados: Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima e Moreira Franco.  Pelo menos dois deles serão ministros. Como sempre, Romero Jucá será líder do governo no Senado. E é provável que Eliseu Padilha fique na Casa Civil. (C.N.)
18 de abril de 2016
Leandro PrazeresDo site UOL

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