“A Delação Premiada é um instrumento criado por nós. O Portal da Transparência fomos nós que criamos. A Lei do Acesso à Informação fomos nós que criamos. A Controladoria Geral da República fomos nós que criamos e demos autonomia. O Ministério Público nunca teve tanta autonomia. A Polícia Federal nunca teve tanto pessoal contratado para investigar”, costuma repetir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Estará Lula enganado? Talvez, ele é o homem mais honesto do país e não mente. Apenas se engana.
Acontece que a História Universal e a História do Brasil Colonial garantem que isso não é fato. Já nas Ordenações Filipinas, de 1565, o texto que se referia à “Delação Premiada” tem a seguinte redação: “Como se perdoará aos malfeitores que derem outros à prisão”.
Aos poucos fomos perdendo as imposições das Ordenações Filipinas e a elegância da linguagem.
Seria bom ler “vamos perdoar ao Lula, a viva alma mais honesta do planeta, posto que, ao falar o que sabe e o que fez, deu malfeitores à prisão”. Porém, para isso, ele teria de fazer delação premiada.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Se alguém tentar falar com Lula sobre “Ordenações Filipinas”, não adiantará nada, porque ele vai entender “Acusações de Campinas” e logo dirá que não sabe de nada. (C.N.)
01 de fevereiro de 2016
Celso Serra
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