Procuradores da Operação Lava-Jato marcaram para o próximo dia 25 o depoimento do empresário Jonas Suassuna – um dos proprietários do sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família. A defesa de Suassuna havia encaminhado nesta segunda-feira (15/2) à força tarefa da Lava-Jato que uma petição para que o empresário fosse ouvido o mais cedo possível. Também tornou disponíveis os sigilos bancário e telefônico de Suassuna, a partir da data que os investigadores julgarem conveniente. Os procuradores marcaram a data do depoimento no final da tarde.
A Lava-Jato investiga obras feitas no sítio por empreiteiras como Odebrecht e OAS e apura se as benfeitorias foram alguma forma de compensação às empresas por contratos firmados com o governo. Também investiga a ligação do ex-presidente com o sítio, que também tem como proprietário formal o empresário Fernando Bittar. Suassuna e Bittar são sócios de um dos filhos de Lula, Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha.
No depoimento à força tarefa, Suassuna vai reiterar informação já apresentada por outro advogado do empresário, Wilson Pimentel, de que é proprietário de parte do sítio, mas que Lula não tem participação no investimento.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Espertamente, Suassuna contratou advogado e se ofereceu para depor, antes de ser intimado. Mas não vai ser fácil se explicar. Na escritura, ele compareceu com R$ 1 milhão e seu sócio Fernando Bittar com apenas R$ 500 mil. Quer dizer, Suassuna teria 2/3 do sítio e Bittar apenas 1/3. Quando surgiu o escândalo, Bittar sumiu, depois contratou advogado e continuou mudo. Suassuna disse que não tem nada a ver com isso, alegando que Lula frequentaria a parte do sítio que pertence a Bittar. Agora, mudou a versão e confirma que é dono do sítio e está revoltado com os boatos sobre Lula. Revoltado? Passou esses meses todos “revoltado” e só agora resolveu se explicar? A história está muito mal contada. Recentemente, por intermédio de Roberto Teixeira, advogado e compadre de Lula, Suassuna contratou às pressas um agrimensor para demarcar 30 mil m² do sítio, que tem 173 mil m². Os números não batem, as contradições são gritantes. Se insistir em mentir, Suassuna vai se tornar cúmplice de crime de ocultação de patrimônio (lavagem de dinheiro). É aí que mora o perigo. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Espertamente, Suassuna contratou advogado e se ofereceu para depor, antes de ser intimado. Mas não vai ser fácil se explicar. Na escritura, ele compareceu com R$ 1 milhão e seu sócio Fernando Bittar com apenas R$ 500 mil. Quer dizer, Suassuna teria 2/3 do sítio e Bittar apenas 1/3. Quando surgiu o escândalo, Bittar sumiu, depois contratou advogado e continuou mudo. Suassuna disse que não tem nada a ver com isso, alegando que Lula frequentaria a parte do sítio que pertence a Bittar. Agora, mudou a versão e confirma que é dono do sítio e está revoltado com os boatos sobre Lula. Revoltado? Passou esses meses todos “revoltado” e só agora resolveu se explicar? A história está muito mal contada. Recentemente, por intermédio de Roberto Teixeira, advogado e compadre de Lula, Suassuna contratou às pressas um agrimensor para demarcar 30 mil m² do sítio, que tem 173 mil m². Os números não batem, as contradições são gritantes. Se insistir em mentir, Suassuna vai se tornar cúmplice de crime de ocultação de patrimônio (lavagem de dinheiro). É aí que mora o perigo. (C.N.)
16 de fevereiro de 2016
Deu no Correio Braziliense
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