"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

PRAIAS DE LUXO LOTADAS: SIM, HÁ CRISE. E QUEM PAGA POR ELA É O POBRE, NÃO O RICO

Tem sido uma constante neste verão, com picos de imbecilidade nas festas de final de ano: fotos de praias luxuosas lotadas, hotéis caríssimos cheios de gente, festas grã-finas transbordando pessoas. Aí o camarada trezeconfirma tasca o famoso: “QUE CRISE? CADÊ A CRISE?”

Há os que fazem isso acreditando no “dilema”, e há muitos que acabam caindo no truque. A questão, porém, é outra: numa crise econômica, os que mais sofrem são justamente os pobres, que ficam muito mais pobres. Os ricos continuam ricos. E, claro, continuam gastando.

Por partes: os dois maiores pontos de impacto da crise econômica são o desemprego e a inflação. E não é preciso ser exatamente um gênio para concluir que os pobres são desempregados em maior quantidade e, ainda por cima, sofrem mais os impactos disso. Os mais ricos no geral ou são empregadores ou têm mais fontes de renda, adaptando-se melhor aos momentos de crise.

E o outro fator grave da crise é a inflação, que por sua vez também impacta de forma mais severa os mais pobres. Aqueles com mais dinheiro têm condição de fazer aplicações financeiras e diminuir as perdas da desvalorização da moeda; algo que não acontece com os demais.

Desse modo, como já explicamos de forma até mesmo didática aqui no Implicante, as pessoas com menos dinheiro OBVIAMENTE sofrem mais com a crise – e aquelas com mais rendimentos, vez que se adaptam (justamente cortando os empregos e/ou serviços dos mais pobres), não deixam de gastar com algumas coisas.

Setores que “crescem” apenas CONFIRMAM a crise
Uma outra falácia bem ridícula é apontar o crescimento de determinados segmentos empresariais, como se isso contrariasse a crise, quando na verdade CONFIRMA. Isso mesmo: a depender do setor que percebe aumento nas vendas, considerando atividade “paralela” com queda, o que se tem é uma CONFIRMAÇÃO da crise.

Vejamos o seguinte exemplo: quando há uma queda drástica na vendas de carne vermelha de primeira, é NATURAL que haja aumento no consumo de mortadela ou coisa do tipo. As pessoas não vão simplesmente deixar de comer, mas farão trocas drásticas por conta da falta de dinheiro.

Aí a militância (seja por ingenuidade, burrice ou má-fé) pega APENAS o dado do aumento no setor de mortadelas e diz que isso seria uma negação da crise. Claro que não é. Ao contrário: apenas a confirma.





Enfim
É preciso cuidado e atenção na hora de ler algumas notícias “positivas”, bem como desmascarar os que negam crise econômica dizendo que os ricos continuam ricos. Porque, claro, eles continuarão mesmo ricos. Quem paga é sempre o pobre, que na crise fica ainda mais pobre.



08 de janeiro de 2016
implicante

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