DILMA, CUNHA E FALTA DE NOVAS LEIS SÃO CRITICADOS POR ONG
O Brasil despencou sete posições no ranking internacional da corrupção, compilado todos os anos pela ONG Transparência Internacional.
TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL DIZ QUE ARGUMENTOS DE DILMA DE QUE AS INVESTIGAÇÕES SÓ ESTÃO OCORRENDO POR QUE ELA DEU CONDIÇÕES "É ARTIFICIAL E INVÁLIDA" (FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO) |
O Brasil despencou sete posições no ranking internacional da corrupção, compilado todos os anos pela ONG Transparência Internacional.
Após a descoberta do petrolão pela Operação Lava Jato, o País, caiu para a 76ª posição no ranking de 168 países – a maior queda no mundo.
E o problema não foi só o esquema de corrupção descoberto na Petrobras, mas a falta de medidas estruturais para evitar a continuação de subornos e propinas.
E o problema não foi só o esquema de corrupção descoberto na Petrobras, mas a falta de medidas estruturais para evitar a continuação de subornos e propinas.
A entidade alertou que enquanto não houver uma reforma de fato no Brasil, as punições adotadas contra ex-diretores da Petrobras não serão suficientes para acabar com a corrupção no País e que “novas máfias” podem “se apoderar uma vez mais das estatais”.
A ONG avalia a percepção internacional da corrupção a partir de sondagens colhidas por diferentes entidades. A Dinamarca é, segundo o ranking, o país menos corrupto do mundo, sendo a Coreia do Norte e a Somália os piores casos.
Para o diretor da Transparência Internacional para a América Latina, Alejandro Salas, a Operação Lava Jato, as prisões de executivos e políticos tem sido “ofuscados” pela falta de reformas reais no Brasil e pelo comportamento dos líderes políticos. “A corrupção sempre existiu no Brasil. Ela não é algo de 5 ou 20 anos”, disse em entrevista à Agência Estado.
“Dilma Rousseff venceu as eleições, mas suas reformas propostas na campanha não avançaram nem sequer um centímetro e, enquanto não houver uma reforma política, o Brasil não vai avançar na percepção internacional. Enquanto houver uma disputa política e o Brasil estiver paralisado nela, nada vai melhorar”, ressaltou.
Para Salas, apenas punir os responsáveis pelo atual escândalo não é o que o mundo espera do Brasil.
A ONG avalia a percepção internacional da corrupção a partir de sondagens colhidas por diferentes entidades. A Dinamarca é, segundo o ranking, o país menos corrupto do mundo, sendo a Coreia do Norte e a Somália os piores casos.
Para o diretor da Transparência Internacional para a América Latina, Alejandro Salas, a Operação Lava Jato, as prisões de executivos e políticos tem sido “ofuscados” pela falta de reformas reais no Brasil e pelo comportamento dos líderes políticos. “A corrupção sempre existiu no Brasil. Ela não é algo de 5 ou 20 anos”, disse em entrevista à Agência Estado.
“Dilma Rousseff venceu as eleições, mas suas reformas propostas na campanha não avançaram nem sequer um centímetro e, enquanto não houver uma reforma política, o Brasil não vai avançar na percepção internacional. Enquanto houver uma disputa política e o Brasil estiver paralisado nela, nada vai melhorar”, ressaltou.
Para Salas, apenas punir os responsáveis pelo atual escândalo não é o que o mundo espera do Brasil.
“Isso é importante e precisa continuar. Mas (o juiz Sérgio) Moro não é suficiente. Não se pode solucionar o problema estrutural da corrupção apenas com punições.
Sem novas leis, o risco é de que, em cinco anos, veremos que uma nova máfia vai tomar conta uma vez mais da Petrobras ou de outras entidades, como o BNDES, e vão se apropriar uma vez mais das estatais”, alertou.
Salas também desmontou o argumento do governo Dilma de que as investigações só estão ocorrendo por que ela deu condições. “É artificial e inválida. O governo não está fazendo mais que sua obrigação e isso não é um favor a ninguém”, disse. Em sua avaliação, o “real teste”, viria se eventualmente o ex-presidente Lula, Dilma ou um outro líder fosse investigado.
A ONG também não poupou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de críticas e alerta que é justamente seu comportamento que “exemplifica” a desconfiança internacional com o Brasil. “O mundo se pergunta como Cunha pode ser um líder diante das acusações que pesam sobre ele. Isso manda um sinal muito ruim e ofusca o que foi feito na Lava Jato. Cunha está fazendo o contrário do que o mundo esperava do Brasil” disse.
"O País não caiu no ranking por que se descobriu a corrupção. Mas porque a briga política, a insistência de políticos em se manter no poder e a falta de reformas ofuscam o que as investigações estão fazendo ", afirmou Salas.
O Brasil, segundo o informe publicado neta quarta-feira, 27, em Berlim, está hoje empatado com Burkina Fasso e Zâmbia, abaixo de El Salvador, Bulgária e África do Sul. Com apenas 38 pontos de 100 possíveis no ranking, o Brasil ficou abaixo da média de pontuação do mundo ou das Américas e perdeu cinco pontos em um ano.
Salas também desmontou o argumento do governo Dilma de que as investigações só estão ocorrendo por que ela deu condições. “É artificial e inválida. O governo não está fazendo mais que sua obrigação e isso não é um favor a ninguém”, disse. Em sua avaliação, o “real teste”, viria se eventualmente o ex-presidente Lula, Dilma ou um outro líder fosse investigado.
A ONG também não poupou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de críticas e alerta que é justamente seu comportamento que “exemplifica” a desconfiança internacional com o Brasil. “O mundo se pergunta como Cunha pode ser um líder diante das acusações que pesam sobre ele. Isso manda um sinal muito ruim e ofusca o que foi feito na Lava Jato. Cunha está fazendo o contrário do que o mundo esperava do Brasil” disse.
"O País não caiu no ranking por que se descobriu a corrupção. Mas porque a briga política, a insistência de políticos em se manter no poder e a falta de reformas ofuscam o que as investigações estão fazendo ", afirmou Salas.
O Brasil, segundo o informe publicado neta quarta-feira, 27, em Berlim, está hoje empatado com Burkina Fasso e Zâmbia, abaixo de El Salvador, Bulgária e África do Sul. Com apenas 38 pontos de 100 possíveis no ranking, o Brasil ficou abaixo da média de pontuação do mundo ou das Américas e perdeu cinco pontos em um ano.
A escala de 0 (considerado o mais corrupto) a 100 (considerado o menos corrupto) aponta ainda que o Brasil não atinge nem mesmo a média dos países árabes.
A tabela de honestidade na América do Sul tem o Uruguai como o país mais transparente no 21º, com índice de 74. O país mais corrupto é a Venezuela, com índice 17, na 158ª posição.
27 de janeiro de 2016
diário do poder
A tabela de honestidade na América do Sul tem o Uruguai como o país mais transparente no 21º, com índice de 74. O país mais corrupto é a Venezuela, com índice 17, na 158ª posição.
27 de janeiro de 2016
diário do poder
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