Eduardo cobra caro para receber o que cobra. O governo deixa vazar o que ele cobra para pagar barato.
Com ele não tem essa de “interesses superiores da Nação”, “longe de mim sugerir algo que não seja possível”, “preciso de tempo para refletir melhor sobre sua proposta”.
É preto no branco. Pão, pão, queijo, queijo. Feijão com arroz. Meu pirão primeiro. Quero isso, aquilo e aquilo outro. Assim não tem jogo. Tchau e benção.
É uma experiência única negociar com ele.
Quem conversou com ministros de Estado que conversaram com Eduardo da semana passada para cá, informa que ele cobrou caro para enterrar qualquer proposta de impeachment contra Dilma.
Cobrou, por exemplo, que o governo oriente sua tropa na Câmara para que vote contra a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
Cobrou o apoio do governo para que ele permaneça na presidência da Câmara. Nem disso ele está disposto a abrir mão.
Cobrou o uso pelo governo de sua influência junto ao Procurador Geral da República para que não apresse nenhuma providência que pense em tomar contra ele.
Preocupa sobremaneira Eduardo a possibilidade de o Procurador remeter para o juiz Sérgio Moro o que possa envolver sua mulher e sua filha no caso das contas bancárias que a família tinha na Suíça.
Eduardo cobrou também que o governo dê um jeito para que não vaze mais para a imprensa novas descobertas que o comprometam com o recebimento de propinas.
Eduardo cobra caro para receber o que cobra. O governo deixa vazar o que ele cobra para pagar barato.
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