Agora, o país está a apenas um degrau de perder a chancela de “grau de investimento”, espécie de selo de bom pagador.
O país já é considerado “grau especulativo” pela Standard &Poor’s, uma das três grandes agências de risco.
Segundo comunicado da Fith publicado hoje, o rebaixamento reflete o aumento do endividamento do governo, aumento dos desafios para consolidação fiscal e piora do cenário econômico.
A Fitch também manteve a perspectiva para a nota do país em estágio negativo, o que significa que poderá haver nova revisão em um prazo entre 12 e 24 meses, com chance de rebaixamento superior a 50%.
- Essa chance está acima de 50%. Em geral, os analistas costumam fazer essas avaliações entre 12 e 18 meses - explicou.
- Essa chance está acima de 50%. Em geral, os analistas costumam fazer essas avaliações entre 12 e 18 meses - explicou.
Segundo Guedes, a questão política foi determinante para o corte da nota do Brasil. - Vimos uma perspectiva desafiadora com um cenário político muito exarcebado, que pode fazer com que nosso cenário base não seja atingido - afirmou.
Entre os fatores econômicos, Guedes lembrou que o crescimento baixo, situação fiscal pior do que os países com a mesma nota e retomada do crescimento só em 2017 também contribuíram para a decisão.
Entre os fatores econômicos, Guedes lembrou que o crescimento baixo, situação fiscal pior do que os países com a mesma nota e retomada do crescimento só em 2017 também contribuíram para a decisão.
O comunicado da agência aponta que o rebaixamento "reflete o aumento do endividamento do Brasil, os crescentes desafios para a consolidação fiscal e a piora do cenário de crescimento econômico.
O complicado ambiente político está dificultando o progresso da agenda legislativa do governo e criando um círculo de efeito negativo sobre a economia”.
O complicado ambiente político está dificultando o progresso da agenda legislativa do governo e criando um círculo de efeito negativo sobre a economia”.
Segundo o texto, "A perspectiva negativa reflete a avaliação da Fitch de que o baixo desempenho econômico e fiscal deve persistir, enquanto a incerteza política pode continuar pesando na confiança, postergar a mudança de trajetória do investimento e do crescimento e elevar os riscos no médio prazo para a consolidação fiscal necessária para a estabilização da dívida.”
A Fitch esclarece, porém, que perspectivas negativas ou positivas não significam que uma mudança de rating é inevitável.
A Fitch esclarece, porém, que perspectivas negativas ou positivas não significam que uma mudança de rating é inevitável.
15 de outubro de 2015
in coroneLeaks
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