DILMA VAI A CASAMENTO EM SÃO PAULO E É RECEBIDA COM PANELAÇO
A presidente Dilma Rousseff foi recebida com vaias e um panelaço em sua chegada ao casamento do cardiologista Roberto Kalil Filho com a endocrinologista Claudia Cozer, na noite deste sábado (9), em São Paulo.
Com panelas e apitos, um grupo de cerca de 30 manifestantes gritou palavras de ordem contra a presidente e seu partido. Foram ouvidos cantos como “Fora, PT” e “Dilma Ladra”.
A petista, que chegou atrasada, era uma das madrinhas do casamento –o cardiologista é médico de Dilma e de outros políticos, como o ex-presidente Lula.
Segundo a Folha apurou, o protesto pôde ser ouvido pelos convidados durante a cerimônia, mas não durante o jantar –realizado em outro espaço do bufê.
“Eu acho um despropósito, nesse momento de crise, a presidente participar de uma festa como essa”, disse o administrador Luiz Alberto, 51, que carregava uma panela e uma colher de pau.
VIZINHOS ADERIRAM
Com o panelaço, moradores de prédios vizinhos e frequentadores de bares da região próxima ao bufê aderiram ao protesto – que começou com pouco mais de dez pessoas e chegou a reunir 30 manifestantes. O Leopolldo, onde se realizou o casamento, fica no Itaim, bairro de classe alta na zona oeste da capital paulista.
Um dos manifestantes, o empresário Eduan Pinheiro, 34, que se identificou como membro do movimento Acorda Brasil, disse que mais integrantes do grupo participavam da manifestação.
Com um cartaz na mão, com frases contra o apoio do governo brasileiro ao venezuelano Nicolás Maduro, a hoteleira Celene Salomão, 49, criticou a postura da presidente em não recriminar a prisão de líderes oposicionistas do país vizinho.
“Isso é um absurdo, o Brasil não merece esse governo federal”, dizia ela, que se disse membro do Movimento Brasil Livre.
SERRA FOI COBRADO
Políticos da oposição também foram alvo dos manifestantes. O senador José Serra (PSDB-SP) foi cobrado a ingressar com um pedido de impeachment contra Dilma. “Eu votei no senhor e o senhor está nos decepcionando”, gritou Adriano Cantelli, 33, funcionário de cartório.
11 de maio de 2015
Gustavo Uribe
Folha
Gustavo Uribe
Folha
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