"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 11 de março de 2015

CUT CANCELA ATO POR ORDEM DE DILMA. É O MEDO DO 15 DO IMPEACHMENT



(O Globo) O governo pediu à Central Única dos Trabalhadores (CUT) para que cancele a manifestação da próxima sexta-feira. O ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), a pedido da presidente Dilma Rousseff, se reuniu com dirigentes da CUT na segunda-feira e conversou por telefone pedindo "reiteradas vezes" a suspensão, para evitar que ela sirva de base para levar mais manifestantes contra o governo às ruas no dia 15.

A assessoria de imprensa da Secretaria-Geral da Presidência entrou em contato para negar que o ministro Rossetto tenha tratado deste tema ou feito o pedido a dirigentes da central sindical. A informação, no entanto, foi revelada por um ministro próximo à presidente. — Será muito ruim se os protestos da CUT levarem 500 pessoas para as ruas e as manifestações do dia 15 levarem milhares. Para efeito de comparação, será esmagador — disse um integrante do governo ao GLOBO. 

Embora a operação do governo pelo cancelamento do evento da CUT não tenha prosperado, a central decidiu a reordenar o ato, deixando clara a defesa da presidente Dilma e da Petrobras. Em entrevista divulgada na noite de segunda-feira pela “Rede Brasil Atual”, ligada a movimentos sindicais, o ex-presidente Lula afirmou torcer para que “compareça muita gente” no protesto, apesar de dizer que não irá participar. 

Quanto aos protestos contra o governo e a presidente Dilma, o Planalto avalia que se concentrarão em São Paulo e na zona sul do Rio. Monitoramento realizado nas últimas semanas aponta que no Nordeste o movimento será fraco e, em alguns lugares, até inexistente. Há temor, no entanto, com o acirramento dos ânimos possa levar a pancadaria e quebra-quebra, como ocorreu na onda de protestos de junho de 2013. A expectativa do governo é que as manifestações do dia 15 não sejam reforçadas por setores da esquerda, como aconteceu nos atos de dois anos atrás, o que tira volume e poderia levar à redução da capilaridade do movimento. Na visão de auxiliares da presidente, partidos como PSol e PSTU, que dão consistência a protestos, estarão fora. 

Apesar de tratar como uma incógnita o número de pessoas que irão às ruas, integrantes do governo estão monitorando as redes sociais desde que os convites para as manifestações começaram a pipocar na internet.Foram mapeados quatro movimentos por trás dos protestos: Vem para a rua, Revoltados Online, Endireita Brasil e Brasil Livre. Paralelamente ao acompanhamento dos líderes do movimento, o PT vem fazendo um trabalho de desconstrução destas pessoas e destes grupos, usando informações de seus perfis nas redes sociais para desqualificá-los politicamente.

Dilma determinou uma força tarefa de ministros para acompanhar os atos de sexta e de domingo. Os integrantes da articulação política deverão ficar em Brasília. A orientação do Planalto é que nenhum ministro participe das manifestações das centrais sindicais para não estimular provocações.

MINISTRO DIZ NÃO ESTAR PREOCUPADO COM PROTESTOS

No início da noite, Miguel Rossetto disse não estar preocupado com as manifestações. O ministro, que é o responsável por fazer a ponte entre o governo e os movimentos sociais, afirmou que é preciso separar os protestos benéficos daqueles que fazem mal para a democracia brasileira: - Nós temos de separar o que são manifestações que afirmam a democracia brasileira daquelas manifestações que prestam um desserviço à democracia brasileira. O que o país precisa é cada vez mais democracia, de mais participação - defendeu. 

Sobre as manifestações, previstas para domingo, que vão pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, Rossetto disse que elas não fazem nenhum sentido e que desrespeitam o processo eleitoral: - Essa é uma pauta antidemocrática, desrespeita a democracia brasileira, desrespeita o processo eleitoral.

11 de março de 2015
in coroneLeaks

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