"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

VENEZUELA, A PEQUENA VENEZA


“Venezuela”, o nome do país governado por Nicolás Maduro, tornou-se a Palavra da Semana no exato momento em que Antonio Ledezma, prefeito de Caracas e um dos líderes da oposição, foi preso ontem em seu escritório por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin).
Consta que o nome foi criado pelo próprio navegador italiano Américo Vespúcio em 1499, ao chegar numa expedição espanhola ao imenso Lago de Maracaibo, no noroeste do país, e se impressionar com a profusão de palafitas indígenas. As moradias debruçadas sobre a água lhe teriam lembrado Veneza, então uma das cidades mais famosas do mundo. Venezuela é algo como “Venezinha”, o diminutivo de Veneza em espanhol.
Embora a autoria ilustre careça de provas, como tantas histórias ligadas à chegada dos europeus ao Novo Mundo, é certo que a singularidade aquática de Veneza inspirou muitos batismos do gênero mundo afora. Há uma Pequena Veneza na ilha de Míconos, na Grécia, e uma Little Venice incrustada no coração de Londres – neste caso, o autor da comparação seria um poeta famoso, talvez Robert Browning, quem sabe Lord Byron.
De todo modo, nosso vizinho sul-americano foi o único país nomeado em homenagem a Veneza. Certamente não passa de coincidência que a democracia encontre solo tão pouco firme por lá.

20 de fevereiro de 2015
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