"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

LEVY TENTA CONVENCER INVESTIDORES, MAS ELES SABEM A VERDADE



Joaquim Levy admite nos EUA que o Brasil terá recessão este ano
No dia em que o mercado estimou, pela primeira vez, um resultado negativo para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu a investidores norte-americanos que o Brasil poderá ter recessão neste ano. Apesar disso, o país conseguirá, garantiu, cumprir a meta de superavit primário prometida por ele, ainda em 2014, de 1,2% do PIB ou R$ 66 bilhões.
Em palestra para investidores em Nova York, o ministro reconheceu que o Brasil derrapou no quesito fiscal em 2014, mas afirma que a situação já está sendo corrigida. Segundo ele, “há muito ainda a ser feito” e a “consolidação vai continuar”.
Na apresentação para os 185 presentes, Levy estimou um superávit — economia realizada pelo governo para pagamento dos juros da dívida — de 2% do PIB para 2016 e 2017 e garantiu que a projeção está em linha com o mercado.
UMA META MUITO DIFÍCIL
“Ainda não considero um superavit de 1,2% impossível, mas acho muito difícil que o governo consiga entregar um resultado fiscal nessas proporções”, analisa o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. Ele avalia que, diante do cenário de baixo crescimento da economia brasileira — especialmente se houver, de fato, racionamento de água e energia elétrica —, o país não irá conseguir gerar receitas suficientes para o pagamento dos juros da dívida.
Para o ministro da Fazenda, a possibilidade de que o desempenho da economia desaponte este ano está ligada ao declínio do investimento. Com o objetivo de minimizar o gargalo, a promessa de Levy é aumentar o diálogo com o mercado, além de priorizar a transparência na política fiscal. Para os especialistas, o maior fantasma do ministro, no momento, é a possibilidade de um rebaixamento da nota soberana brasileira pelas agências de classificação de risco, o que afastaria ainda mais os investidores e dificultaria a já complicada situação da economia brasileira.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não é simplesmente recessão. O Brasil entrou em estagflação (recessão em ambiente de inflação), que é muito pior. Levy sabe disso, mas não obrigou o governo a fazer cortes de custeio, mantém a máquina administrativa superdimensionada, com gastos excessivos, uso indevido de cartão corporativo e tudo o mais, conforme a governanta Dilma Rousseff determina, para não perder prestígio no PT. É triste dizer isso, mas Levy está só engordando o currículo com o cargo de ministro. (C.N.)

20 de fevereiro de 2015
Deu no Correio Braziliense

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