"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO ( 1 )

INCLEMÊNCIA

A Justiça negou clemência e diz que brasileiro será morto “em breve”. Tony Spontana é o porta-voz indonésio da Procuradoria Geral daquela república e anuncia com ares de grande justiceiro que “ele está na lista dos próximos e posso assegurar que o plano é executá-lo muito em breve”.

O mula brasileiro Marco Arher, já faz bom tempo, foi flagrado em 2003, no aeroporto de Jacarta, o que mais derruba aviões na face da Terra, tentando entrar com quase 4 quilos de cocaína escondida nos tubos de uma asa-delta.

E então tá. A Justiça da Indonésia mata Marco Archer e deixa seus 250 milhões de viciados nativos’, compradores do talco de in/felicidade, livres, leves e soltos para continuarem se matando lentamente.

Prender e matar traficante não adianta nada. Sem consumidores os traficantes não teriam para quem vender essa meleca.

RODAPÉ- Quer saber duma coisa? Esse brasileiro não tem nada a perder; já estava morto quando começou a enfiar pó nos tubos da asa-delta e nos canos dos seus consumidores mortos-vivos.


BEM FEITO
 
Como não teve nenhum amigo secreto no último Natal e nem teve tempo de presentear ninguém, tal a enormidade de trabalho que lhe deu montar seu ministério seminovo e mutcho loco, Dilma Coração Ambivalente, está agora dando de presente a todos quanto tiveram a ousadia de lhe dar seu voto, mais um aumento nas taxas de juro. Pronto, até que enfim, Dilma começou a governar. E bem feito, pra todos nós.
 
NOVO AUMENTO NAS
CONTAS DE LUZ
 
Nem bem meteu o pé para dentro da porta do Ministério das Minas e das Energias de Dilma, e o novo dono da pasta já botou as manguinhas de fora. Disse que nesta redentora temporada de 2015 deve haver um “aumento extra” nas contas de luz. Eduardo Braga já delatou também que Dilma autorizou novo empréstimo para socorrer om setor elétrico. Com as hidrelétricas estão pela hora da morte, o governo de avivou e passou a usar a termelétricas, muito mais caras e poluidoras.
 
PIB NO FUNDO
 
Com os juros nas alturas, Dilma Coração Ambivalente enfiou o PIB no fundo do poço. Feito isso, até parece que Dilma não gosta de PIB grande.
 
ORA, DIREIS, NOTÍCIA DE TV
 
Que coisa, o Brasil se desmanchando nas besteiradas de um governo que não tem programa de governo, só plano de poder, e os noticiários das TVs ontem só se dedicaram a delirar sobre o atentado contra os jornalistas e desenhistas satíricos lá da França. Peralá! O Haiti é aqui! A Petrobras está em colapso e a corrupção vem matando muito mais gente aqui no Brasil da Silva do que o terrorismo de altar lá na Europa.
 
O BOLSA-FAMÍLIA
DA GOVERNADORA
 
Suely Gomes, do PP partido sócio do governo Dilma, não teve fastio em nomear nada menos de 19 parentes para cargos de chefia, mando e desmando no governo de Roraima. Mais não foram agraciados com uma boca-rica naquele estado, porque a família não deve ser tão grande assim. O Ministério Público não gostou e entrou com pedido de exoneração da patota. A governadora respondeu desfacetada que “aqui em Roraima é hábito os governadores empregares seus familiares em cargos de confiança”. E esta é a visão que dona Suely Gomes tem executar no seu poder Executivo o programa Bolsa-Família no quase venezuelano estado de Roraima, hoje com cara de território outra vez.
 
CONTROLADORIA DA UNIÃO
 
Tá, a gente sabe que tá tudo dominado. O organismo público brasileiro é um aparelhamento só. Mas sempre é bom lembrar à dona Dilma Coração Ambivalente que Controladoria Geral da União é da União e não do governo.
 
VOCÊ SABIA?
 
O PT, partido que tem Lula da Silva como seu presidente de honra bem-remunerado e Rui Falcão como presidente subalterno é a facção política que mais arrecada dízimos de seus fieis seguidores. Quem tem emprego no governo, seja em que nível, escalão ou recôndito lugar desse enorme aparelho do Estado, pode marchar até com 20% do que ganha por mês. Isso já não é dízimo é víntimo.
 
RODAPÉ – Besteirinha, pura implicância. Qualquer achaque acima de 10% vira donativo, doação, gorjeta, propina, esmola, óbulo...
 
A PRAGA
 
Começa a mobilização, em diversas cidades, pela tarifa zero nos transportes. De novo a população se sentiu mordida no bolso e promete ir às ruas. O brasileiro já está se acostumando a lutar por tostões e não por milhões. Essa praga do Bolsa-Família alastrou pelo Brasil afora o complexo de vira-lata no brasileiro. Qualquer esmola já o satisfaz. 
 
PARIS ESTÁ EM CHAMAS
 
Agora tá virando moda: explosão em um restaurante no Leste da França. O terror deixa o país tomado de pavor. E agora, 60 anos depois, parece aos franceses que, estão no meio das páginas do livro, Paris está em Chamas, de Larry Collins e Dominique La Pierre. Acho até que já é hora do Lula fazer umas palestras por lá. Sim, eu sei, ele não sabe ler e nem falar francês... Mas é justamente por isso que ele pode fazer sucesso. Ninguém vai entender nada do que ele disser. Assim, não perde uma gota sequer de credibilidade.
SAUDADE
 
Agora é só isso; só se fala em terroristas islâmicos e na França. Já me bateu saudade dos malfeitores que assaltam a Petrobras.
 
ALÔ, ALÔ... CALADOS!
 
Em Brasília, a embaixada da França teve a segurança reforçada. Ah que bom... Alô, alô, por favor, não digam nada aos fanáticos da moda que o governo não tomou os mesmo cuidados com a Esplanada dos Ministérios.
 
ENTREMENTES...
 
Entrando na onda de atentados terroristas, O Brasil Olímpico já toma a dianteira e as devidas providências para ver se consegue vingar-se da tragédia dos 7 a 1 que nos foi imposta pela Alemanha na Copa das Copas. Está se prevenindo desde já, na esperança de ser atacado nos Jogos de 2016, como na Tragédia de Munique. Besteira. Coisa de brasileiro exibido, colorido. Os extremistas de hoje não chegam nem aos pés dos terroristas do grupo Setembro Negro, de Carlos - o Chacal.

HISTÓRIA DO BRASIL DA SILVA
Eureka! Eu descobri. É só cortar a cabeça principal dessa Hidra de Lerna brasileira.

Mensalão e Petrolão são apenas duas mangas de colete. Tão curtas que não se estendem além dos ombros desse imenso modelo de nação malvestida.
O esquema da “estratégia de coalizão” que desnuda o Brasil da Silva é que dá pano pra manga. Dá pano pra manga e abotoa o paletó da nação brasileira.
 
Desde 2002, quando um cara, O Cara descobriu o Brasil da Silva, foi que se deu a implantação da “estratégia de coalizão pela governabilidade” – um jeito cínico e maquiavélico de estabelecer o preço de cada nova aliança, cada novo companheiro – comprado com dinheiro sacado das burras públicas.
 
Desde então surgiu e se criou uma pátria que só tem segurança que preste, quando veste chuteira para uma Copa da Fifa de Blatter, ou para os Jogos de cintura olímpicas de Arthur Nuzman & Sociedade Astronômica.
Desde esse tempo, nasceu para o bem de todos e felicidade geral dos seus proprietários indébitos, uma pátria que só é educadora quando manda soltar dos presídios reeducandos, como os mensaleiros dirceus de marílias, ou genuínos dos governos Lula e Dilma, ou vice-versa.
 
Desde aquelas priscas eras, ergueu-se uma pátria que só tem dinheiro em forma de bolsa-esmola que vale como voto; uma pátria que só tem transporte digno quando a chapa é branca.
 
Desde sempre e senão quando, foi criada a partir da primeira escalada lulática da rampa, essa pátria que só tem saúde nos planos privados, aberrações de um sistema falido e abandonado.
 
Desde lá, desde Lulalá, abortou-se essa pátria que não tem igualdade social nem democracia de verdade, porque é povoada por duas espécie de habitantes – as pessoas e as autoridades.
 
A estratégia é tão forte, tão poderosa, tão distante dos homens de boa vontade nesse país tropical, bonito por natureza e amaldiçoado pelos seus deuses que Mensalões, Petrolões e governos invisíveis, do tipo daquele lá de São Paulo, gerenciado pela segunda-dama Rosemary, não nascem de baixo para cima.
 
Os cambalachos, os escândalos, as falcatruas, a roubalheira, vêm de cima pra baixo. Precisam de um big boss muito forte, de um senhor de anel milagroso, de um canalha intocável, patrão autocrata, muito mais que um simples canalhocrata.
 
É desse cara, desse maioral, dessa cabeça grande, desse déspota que emana todo o poder.
 
É dele, um cidadão com cargo e pose de quem está acima de qualquer suspeita, que é gerado não um filho que pode ser pródigo pra burro, bem à vontade, cheio de imunidade e impunidade; muito mais que isso, é dele – desse descobridor mandachuva - que nasce uma prole interminável de bandidos e bandidagens, de malfeitores e malfeitorias que, há 12 anos, assola esse país.
 
O que seria um arrastão aqui, outro ali, em qualquer país do mundo, nessa República dos Calamares virou Direito Consuetudinário. A lei é roubar e poder carregar. Virou costume; virou tradição; virou cultura.
 
E os assaltos aqui e acolá - que seriam malfeitos de malfeitores comuns - se transformaram em uma rede de escândalos, em um sistema impermeável de achaque aos cofres, aos caixas arrombados de cada organismo público e notório, contaminado e putrefato, do corpo administrativo do Estado.
 
Um sistema que corre livre, leve, solto de assalto à mão desarmada e corriqueira às fortunas que decorrem dos impostos mais caros do mundo que todos nós pagamos.
 
Uma rede que vem de cima para baixo, por ordem do chefe supremo, mais supremo que o Supremo Tribunal do Governo Federal; mais supremo que o Congresso, essa enorme casa de tolerância nacional; mais supremo que o Judiciário, cuja corte maior é de Lewandowski.
 
É que a justiça, a verdade, a democracia são, nesse Brasil Dilma da Silva, o que o governo sem alternância diz que são.
 
E eis-nos aqui, embasbacados, vituperando, nada mais do que vituperando; sem ânimo para dar um mínimo de tempo para um ligeiro e necessário exame de consciência.
 
Sem indignação bastante para em um pequeno momento de brasilidade gritar: Eureka! Eureka! Eu descobri! Sou o Hércules do meu Brasil inzoneiro!
 
Basta-me apenas e não mais que isso, cortar a cabeça principal dessa Hidra de Lerna brasileira, para tirar o meu país da lama.
Mas, para esse sonho de esforço hercúleo virar realidade é preciso que eu esteja farto desse insuportável e intragável hálito venenoso.
 
PERDENDO A LISURA
 
Relegado a plano secundário na escalação do ministério do governo seminovo de Dilma, Lula da Silva anda impressionado com os rumos que a Operação Lava-Jato vem tomando.
 
O sentimento de impunidade, a pele escorregadia e a mania de grandeza o deixaram descuidado em muitas pontas desse novelo que está sendo desfiado.
A história daquele carnaval que ele fez com dinheiro da Petrobras mandando dar R$ 1 milhão para cada uma das 12 escolas do grupo especial, por pressão dos bicheiros cariocas, está bem contada.
 
E mais que isso, o relato faz uma ligação direta de Lula ao carro alegórico dessa mixórdia que ele faz entre a vida pública e a privada.
E tem agora a história que envolve o dono da Friboi, grande doador das campanhas do partido que Lula preside com muita honra e bom salário mensal.
A coisa é mais grave, porque não se trata agora de apenas uma denúncia a mais feita pelo delator Paulo Roberto Costa que, cá pra nós, tem crédito de sobra porque não pode e já nem tem mais por que mentir.
 
Desta feita, o caldo engrossa porque é uma pista encontrada pela Polícia Federal que já está na Vara do juiz Sérgio Montoro. Aí, é que a porca começa a torcer mais o rabo.
 
E estes são só dois dos pontos aparentes das relações perigosas de Lula com os operadores de negócios feitos e engendrados com os mais variados organismos da máquina pública, em que o seu poder de influência se transforma em tráfico de influência.
 
E em matéria de tráfico de influência sempre há alguém ganhando os tubos , posto que na tal “estratégia de coalizão” ninguém faz nada de graça.
O Cara está perdendo a lisura. Já não é mais tão resvaladiço e lúbrico quanto ainda pensa que é, ou aparenta ser.

O MOCINHO VAI BEIJAR A MOCINHA E...
TODOS VIVERÃO FELIZES PARA SEMPRE
 
Então é o seguinte, vai tudo bem no governo seminovo de Dilma Coração Ambivalente & Atarantado.
 
O Barbosa, do Planejamento, já levou uma patada. Agora Patrus Ananias dá uma patrulhada na Kátia Furacão. Ela diz que não há mais latifúndios no Brasil; ele diz que tem, precisam acabar e pronto.
 
O velho governo não fechou as contas; o Minha Casa, Minha vida fechou o 2014 com dívidas e não pagou até agora o 13° dos trabalhadores.
 
Hoje, o ABC paulista volta a ser aquele ABC dos tempos em que Lula arrombava portões: entrou em greve porque a fábrica da Volks demitiu 800 empregados que voltavam das férias.
 
Hoje, Dilma Vana, Graça Foster e seus sócios de Petrolão, ocupam a cadeira dos réus nos tribunais de Justiça lá dos Estados Unidos, Terra de Obama e de Marlboro.
 
Tudo isso não é nada, comparado ao que vem por aí em razão do mau humor de um guru abandonado.
 
DESANDANÇA
 
A maionese está desandando - e maionese é mais ou menos como merengue mal batido e arroz carreteiro empapado: não dá pra consertar. Mexe daqui, mexe dali e acaba ficando uma meleca que ninguém aguenta. O comensal acaba regurgitando.
 
É o que Lula vai fazer daqui pra frente, até que a conversa chegue na cozinha. Vai meter o dedão na maionese, misturar pingos de gema nas claras em neve, dar corda para o carreteiro...
 
Bolas quem é que Mercadante pensa que é? E o que é mesmo que estão pensando esses tais de Patrus, Wagners, Pimenteis e até essa Kátia, Rainha do Gado?!?
 
Aguentar desaforo de Serra, Alckmin, Aécio ele até aguenta que, com eles Lula nem precisa voltar arrombar portões no ABC – são fracos e insossos; pirão sem sal...
Mas da patota que ele mesmo inventou, ele vai batê pra ti, pra tu batê pra tua patota: ele não leva desaforo pra casa nem que a vaca tussa.
DA COZINHA PRA SALA
Lula prefere chutar o pau da barraca, derrubar o balde e voltar a pular a cerca reabrindo o velho escritório-chatô aquele, no coração de São Paulo, onde se praticava de tudo um pouco – de formação de quadrilha e tráfico de influência até coisinhas mais simples tipo violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsificação de documento, corrupção ativa e passiva.
 
É disso que se está falando; é  daquele randevu, onde e quando Lula levava La Vie em Rose.
 
Desta feita, o escritório quartel-general da insurgência e da manobra poderá ser montado na outrora pacata Rua Paulo Bregaro, no bom bairro Ipiranga. É, isso aí... Por ali tem um desses institutos de multiuso e enorme polivalência. Uma espécie de um novo porto seguro.
 
PODRE PODER
 
Não é por nada, não, mas é que o poder é assim mesmo: não é uma coisa que dá de repente e que, senão quando e não mais que de repente passa zunindo pela cabeça dos que gostam do poder pelo que o poder pode lhes dar de vida boa, luxo e riqueza.
 
Quem é assim não se dá conta de que é um infeliz que leva os outros à infelicidade e, não raro, infelicita uma nação e tira a alegria e a liberdade de um povo. E esse amortecimento moral, essa consciência mórbida, isso tudo então, é bom, ou ruim?
 
Ruim é o lado deprimente dessa história, posto que, na história de todos os tempos, depois que alcança o poder, essa gente se torna escrava do próprio poder, já que perdem o domínio de usar a força para o bem.
 
A parte boa e feliz desse drama é que não há mal que sempre dure. É quando o mocinho prende o bandido, beija a mocinha e todos vivem felizes para sempre naquele vilarejo, cujos moradores chamaram o homem de preto e lhe deram uma estrela de xerife para fazer justiça.
 
HAPPY END
 
Só aproveito meu tempo vendo filmes assim; filmes que tenham um final feliz... Como se tudo ainda fosse como era nos bons tempos das matinés de domingo e das velhas tarde dos seriados de cinema. 
AS CINCO ÁREAS ESTRATÉGICAS DO
PODER DA PANDILHA QUE ASSALTA O PAÍS
 
Há uma pandilha que tomou de assalto o país. Ela age com desenvoltura, a sol pleno e sem medo de ser feliz, nas áreas da política, segurança, finanças, assistência jurídica e desmedido e criminoso lucro fácil. Não, não falo país que você está imaginando. Estou falando da Colômbia. E a pandilha é o cartel de Cali.
 
A FORTALEZA
 
A fortaleza de um homem é, invariavelmente, a sua fraqueza. E quando um homem debilitado pela inclemência das leis das relações sobrenaturais do poder começa a falar em altos brados, mais frágil e ridículo ele se revela.
 
O plano “PT 20 Anos no Poder” começou com Lula que se manteve até aqui no poder valendo-se de Dilma como sua fortaleza.
 
Agora, 12 anos depois de garantir, submissa, o poder de Lula, já sem mais nada a almejar ou a perder, a criatura passa a ser a maior fortaleza da crescente fraqueza do seu criador.
 
A decadência de Lula na liturgia do poder começou desde que o sonho de superioridade do pai da ideia se deparou com a realidade de que a filha predileta já não pode ir mais além e nem mais alto do que o ponto em que se encontra.
 
Verdade é que Dilma já não precisa mais de Lula. Ele é para ela, o que Marta foi para Lula; o que Rose foi para o escritório do governo paralelo em São Paulo; o que foram Zé Dirceu, Delúbio, Genoíno para ele até que se deixaram pegar em flagrante delito.
 
Hoje, Dilma é para Lula a dona do punhal que, ao longo desses intermináveis 12 anos, tantas vezes o tem inutilmente apunhalado pelas costas. Lula já não parece tão eterno assim.
 
É como diria Cervantes num derradeiro romance: “De repente, uma mosca pode oferecer muito mais do que uma águia pode defender-se”.
 
Isso não é quiixotesco. Isso é coisa para terminar para sempre com o que ainda possa haver de afinidade entre Pérsiles e Sigismunda.
 
VOCÊ SABIA?
 
O TSE acabou com o sigilo bancário dos partidos políticos. Não, não é isso que a gente está perguntando se você sabia. O que a gente quer saber é se você sabia que, além de tudo, de todas as regalias e de todas as desconfianças, os partidos ainda gozavam até ontem dessa moleza de contas secretas. Se você sabia e nunca fez nada, então você também tem culpa no cartório.
 
A POSE DA POSSE
 
Kátia Furacão deixou o modelito pamonha fashion de lado e foi a sua posse solene na pasta da Agricultura vestida de “palavras cruzadas”. Deve ter sido em desagravo à troca de palavras entre ela e Patrus Ananias na véspera. Mas eu ainda estou à cata do meu abajur verde gargalhada.
O MESSI DE DILMA
 
Joaquim Levy nasceu para o serviço público nas priscas eras de FHC. Lionel Messi, nasceu na Argentina e foi ser craque de futebol na Espanha. Taí ó, Levy é o Messi do governo seminovo de Dilma.
DESASTRE DE TRENS
 
Batida de trens no Rio de Janeiro deixa pelo menos 200 feridos. Oba! A máfia das próteses está vibrando.
 
CASO DE POLÍCIA
 
A oposição, diante de mais esse escândalo da Petrobras que criou “empresas de papel” para escoar propina na rede de gasodutos Gasene, quer por que quer instalar uma nova CPI do Petrolão. É bom parar com isso. Chega de atrapalhação. Parem de gastar tempo e dinheiro. A Petrobras é caso de polícia. Lugar de bandido é na cadeia.
 
LEVY E O CIRCO
 
O novo queridinho dos cadernos de economia, Joaquim Levy disse ontem no seu palco iluminado lá na Esplanada que quer a volta do “equilíbrio fiscal”. Daqui a pouco, não demora nada, ele vai dizer que o Brasil tem mais equilibristas que o Cirque du Soleil.
 
TRADUÇÃO
 
Sem dúvida alguma, Joaquim Levy é a grande esperança branda nos horizontes da Esplanada seminova da velha Dilma de guerra. Vêm aí, ameaça o ministro, “reajustes fiscais”. Tradução: vai sobrar pra nós.
 
ACABOU A FOLIA
 
Oba! Não tem dinheiro para o Carnaval de Brasília! Mas aqui nem precisa mais Carnaval. O petista Agnelo Queiroz passou os quatro anos do seu governo na maior folia.
 
VAI TER
 
Promessa de paralisação nesta quarta-feira no país por causa do aumento no preço das passagens de ônibus. Ah, o Brasil só se mobiliza quando é por centavos. É por isso que o Bolsa-Família cada vez aumenta mais. As autoridades já estão em estado de alerta. É que a Copa das Copas já acabou há muito tempo, então “vai ter baderna”.
Lula está que não se aguenta nos tentáculos de trás. Não nasceu para ser reserva. Dilma só o escalou uma vez lá que outra na armação do time de ministros para o seu governo seminovo de ideias de segunda-mão.
 
Lula já começou a estrilar. Ele está culpando Aloízio Mercadante de ter avacalhado o maior ministério do mundo das democracias modernas.
Em um grupelho de seguidores de fidelidade canina, ele disse que “Mercadante sequestrou o governo!”. Lula acha que Mercadante foi quem tugiu e mugiu o tempo todo no ouvido de Dilma Coração Ambivalente.
DO INSTITUTO PARA A SÉRIE-B
 
O Instituto Lula, de quando em vez, serve para algumas coisas além de agendar palestras e lavar a alma.
É agora um verdadeiro muro das lamentações para petistas e seus sócios da mesma dor, chorarem as mágoas porque foram ignorados por Dilma Coração Ambivalente& Empedernido.
Lula,à boca pequena, meteu os cachorros em Aloízio Mercadante, de quem não gosta há muito tempo. E com o seu jeito de ser, fingiu que pediu silêncio aos políticos in/confidentes.
É claro que sabia que os caras iam dar com a língua nos dentes. Era o que ele mais queria. Este é o seu jeito escorpião de ser. Pede carona e agradece mordendo o cangote. É da sua natureza.
Pronto, Dilma já recebeu o seu recado: quero meter a mão na escalação do time do segundo escalão. Lula está evoluindo, já se contenta agora em ser o técnico da Série-B do governo seminovo.
 
Inda que mal pergunte: e se Lula, por algum motivo banal ou por um boletim médico eleitoral, não chegar a ser candidato, quem é mesmo que o PT teria para sentar na cadeira de Dilma Coração Ambivalente em 2018?
 
Talvez você não saiba responder; talvez os tucanos prefiram esperar para responder; talvez o Sírio-Libanês não queira responder; certamente, o PT não pode responder; Lula não deixa ninguém saber; e, definitivamente, o Sírio-Libanês não deixa ninguém saber. A isso se pode chamar de metástase de um plano de poder.
 
RODAPÉ – Inda que mal respondesse, o PT diria entredentes e entrelinhas que tem de olho grosso no lugar que Dilma senta nada mais nem menos do que o quarteto fantástico, Aloízio Mercadante, Jaques Wagner, Patrus Ananias e Fernando Pimentel, o predileto.
O contraveneno é do que não há: Geraldo Alckmin, Zé Serra e Aécio Neves. Boletim médico: o Brasil tão cedo não tem cura.

SOU A FAVOR DA RIFA DA CAIXA
Tô que tô nessa com o governo seminovo.

O governo seminovo da Dilma Coração Ambivalente, desmentiu o discurso de candidata da sua bi-president@ e anunciou que vai colocar à venda uma fatia da Caixa Econômica Federal, conhecida também pelo ufanista codinome de Banco Social.
 
Sou a favor. Desta vez tô que tô com o governo seminovo de ideias de segunda-mão. É que isso poderá, até que enfim, levar a Caixa ao fim como banco público. 
 
Tô maluco? Quê maluco o quê!... É que toda coisa pública na mão dessa pandilha de sevandijas acaba sempre se assentando na privada.
 
Tô que tô nessa desestatização da Caixa, por que a chegada da iniciativa particular vai estancar a balela de que essa Caixa de agora gera políticas inovadoras, cria novos mercados e impulsiona políticas anticíclicas que nos blindam contra as crises econômicas que “abalam” o mundo. 
 
Tô que tô a favor, por que aí acaba logo essa bazófia de que ela, sempre ela, nos tirou do nada e para nos levar a lugar nenhum. Ou a gente não paga juro por tudo que vem de lá, seu delgado que parece um boneco desengonçado?!?
 
Tô que tô com essa ideia de segunda-mão desse governo seminovo, porque a Caixa vai deixar de ser um aparelho para ser apenas mais um banco. E forte. Desse jeito a Caixa vai deixar de ser, até que enfim, um instrumento das decantadas “políticas públicas”.
 
Tô que tô com essa medida em tom de ameaça proclamada por Dilma Coração Ambivalente, porque é bem capaz até que, por isso, a Caixa venha a deixar de ser Caixa para ter qualquer outro nome, qualquer outro logotipo. 
 
E que, pelo amor de tudo quanto é anjo do bem e do mal, que a a Caixa, banco do povo não venha a se chamar Banco do Brasil. É tudo que eu peço: não, mil vezes, não!

Confesso, como se fosse um Gilberto Carvalho - cáspite"! - tô que tô com essa rifa da Caixa, por puro egoísmo. Eu nem tô que tô pensando em vocês. 
 
Tô que tô, só por que – cá pra nós – eu vou parar de ver e ouvir aqueles chatos de galocha me dizendo, na maior ironia nacional que já vi na TV: “Vem pra Caixa, você também”!
 
09 de janeiro de 2015
in sanatório da notícia

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