"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Dilma respira aliviada porque Aécio explorou pouco o tema corrupção na Petrobras no debate da Band


O tenso (de)bate-boca na Band foi mais uma oportunidade para Dilma Rousseff demonstrar a insegurança de sempre e mentir à vontade, enquanto o candidato Aécio Neves voltou a perder a chance de ser mais ofensivo contra a corrupção e incompetência gerencial que marcam o governo federal sob gestão do PT-PMDB.
Como Aécio não venceu o debate de goleada, a pequena derrota teve gostinho de vitória para Dilma. Aliás, “empate técnico por alguma margem de erro” seria o placar mais adequado ao confronto de ontem à noite.

Novamente, Dilma e Aécio não foram claros ou nem tocaram em propostas concretas para combater a inflação, diminuir os impostos, baixar os juros e garantir o crescimento do Brasil.
Em síntese: faltou debater estes assuntos cruciais para o cidadão-eleitor-contribuinte.
Aliás, o ponto mais grave desta eleição 2014, desde a campanha do primeiro turno, é a falta de soluções reais e objetivas para os problemas brasileiros. Os grandes temas são tratados com a superficial pequenez dos políticos vaidosos e soberbos que pensam mais em si próprios que no Brasil.

Um extraterrestre que tenha assistido ao debate com isenção deve ter ficado com a percepção de que Aécio Neves é, claramente, mais preparado e seguro que Dilma Rousseff para ocupar o Palácio do Planalto.
No entanto, tal impressão sobre o evento televisivo não garante uma influência direta sobre uma mudança de posição efetiva do eleitorado que decidirá a eleição no dia 26.
Embora não tenha vencido explicitamente o programa, no qual Aécio teve um desempenho mais sólido, Dilma sofreu bem menos danos de imagem do que seus marketeiros e ela própria temiam.
No final das contas, Dilma saiu no maior lucro pelo prejuízo que não teve...


Aécio Neves foi claramente abduzido pela malandragem petista que é perita em fugir de assuntos que lhe incomodam. O tucano foi muito econômico nos ataques ao tema que mais apavorava Dilma no debate direto: a corrupção na Petrobras, na qual Dilma foi presidente do Conselho de Administração.
Aécio nem fez alusão a este grave fato, para alívio de Dilma. O tucano ficou refém de uma inútil discussão sobre a paternidade do Bolsa Família – que é o instrumento garantidor dos votos petistas principalmente no Norte-Nordeste ou nas periferias pobres dos grandes centros urbanos.

Só no segundo bloco pareceu que Aécio deixaria Dilma no canto do ring até o nocaute. Pegou pesado quando falou do mar de lama no governo por causa dos escândalos da Lava Jato.
Aécio perguntou a Dilma quais teriam sido os “bons serviços prestados” por Paulo Roberto Costa ao deixar a diretoria de abastecimento da Petrobras. Dilma disfarçou, teatralizou que sua indignação seria mesma de todos os brasileiros, listou vários escândalos ligados aos tucanos, e indagou Aécio sobre a obra do aeroporto de Cláudio.
Aécio chegou a chamar Dilma de leviana por relacioná-lo á obra, e caiu na defensiva. Por fim, Dilma se deu bem em ser poupada de responder muito mais sobre a Petrobras, Paulo Roberto Costa e outras tantas denúncias de corrupção omitidas por Aécio – como o famoso Mensalão que botou membros da cúpula petista na cadeia (por algum tempo, pelo menos).

Aécio reclamou muito bem da postura de Dilma de só olhar no espelho retrovisor, referindo-se a fatos do passado ou fazendo promessas de atos que já deveria ter tomado justamente por ocupar a Presidência da República.
No entanto, com uma repetição de estatísticas questionáveis ou mentirosas, Dilma conseguiu chover no molhado e não sofrer desgastes diretos por sua inação como péssima gestora pública.
Aécio optou pela tática propositiva de se vender ao eleitor como alguém mais programático, prometendo um futuro melhor que o atual, evitando ataques mais duros a Dilma e ao PT. Dilma ficou na dela, com a mesma dificuldade de expressão que a caracteriza e não foi massacrada – como era previsto ou desejado pela “oposição”.

Friamente, só pelo desempenho neste debate, Dilma saiu do mesmo jeito que entrou, com uma vantagem adicional. Aécio não a feriu mortalmente. Assim, Dilma ganha sobrevida para continuar usando a máquina e prosseguir na briga para continuar no trono do Palácio do Planalto.
A marketagem petista não perdoa e continua atacando Aécio duramente no horário eleitoral e nas inserções de propaganda ao longo da programação de rádio e televisão. Já nas redes sociais, os eleitores mais esclarecidos de Aécio impõem um flagelo aos petistas, petralhas e afins.

A grande dúvida é se a internet tem mais poder de influência e sedução que a politicagem feita pelo PT no mundo real, onde as “bolsas-voto” ou a descarada compra de votos em troca de grana ou favores costuma falar mais alto.

Se os próximos debates forem mornos como o de ontem, com Dilma neutralizando alguns ataques e Aécio economizando tiros na ofensiva, a vantagem será da petista.
Aécio até está correto em manter a postura de candidato que faz propostas, em vez apenas de bater no adversário com verdades ou mentiras. O problema é que Dilma fará sempre o contrário, praticamente neutralizando o tucano em suas boas intenções ou bom mocismo.

Se os próximos debates do SBT e da Globo forem do mesmo jeito, com candidatos fingindo que falam de grandes temas nacionais, sem indicar um caminho concreto para realizá-los, Dilma acabará levando a melhor.
Ou Aécio intensifica e populariza o combate ao tema corrupção, que desestabiliza Dilma e demonstra sua incompetência de gestão, ou não conseguirá os milhões de votos que ainda precisa para destronar o PT do Palácio do Planalto.

É do Carvalho...



Desabafo do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, preocupado com a onda anti-PT:

“Atravessamos um momento delicadíssimo da nossa campanha. Plantou-se um ódio enorme em relação a nós. Eu não sei o que foi aquilo.
Em São Paulo, estava muito difícil andar com o broche ou a bandeira da Dilma. Em Brasília, a cidade estava amarela, sem vermelho. O ódio tem sido construído com a gente sendo chamado de ladrão.
Com frequência, a gente vem sendo chamado com desprezo. Estamos sendo chamados de um grupo de petralhas que assaltaram o governo”.

O ministro não falou, mas deve estar preocupado com o risco de a Disney processar os petistas por calúnia, injúria e difamação contra o mau uso da inocente imagem dos trapalhões Irmãos Metralha...

Tese complicada


Fibra de Herói?

Reflexões vindas lá da famosa Sala de Justiça, onde se reúnem os mais poderosos heróis da humanidade:

Triste do povo em que o Batman precisa ser o Coringa na sucessão reeleitoral.

Se o Capitão América não socorrer o Homem de Gelo podemos entrar em uma fria na sucessão presidencial...

Utopia dos Honestos


Cuidando da PF?

Co-autor do livro “Assassinato de Reputações”, do delegado Romeu Tuma Jr, o jornalista Claudio Tognolli denuncia em seu blog que a Medida Provisória 657, baixada em 13 de outubro, tem o objetivo claro de tentar evitar novos vazamentos de escândalos, roubos e tráfico de influência na Petrobras.
 
Dilma dá poder total aos delegados de polícia e destrói as propostas do grupo de trabalho que visava reestruturar a Polícia Federal a partir das demandas de seus 15 mil agentes – que lutam por condições de terem o mesmo espaço dos delegados.
 
Na medida provisória, o governo reforça na lei a vinculação do diretor-geral da PF com o Palácio do Planalto, ao inserir parágrafo afirmando que “o Diretor-Geral da Polícia Federal será nomeado pelo Presidente da República dentre os Delegados de Polícia Federal da classe mais elevada da carreira.”.
 
Cabo Eleitoral?


Fogo amigo
Quem tem o MTST como aliado não precisa de inimigos.

O movimento soltou uma nota de apoio a Dilma Rousseff, contra Aécio Neves, que consegue bater mais no governo que a oposição:
“Neste momento há riscos reais de retorno do PSDB ao Governo Federal. O projeto da direita avançou a passos largos nas eleições parlamentares e no primeiro turno.

Sabemos o que o PSDB representa. Política neoliberal pura, arrocho salarial, ataque aos direitos dos trabalhadores e corte de investimentos sociais.

Além disso, avanço da criminalização das lutas populares. Aécio Neves é retrocesso. Sua vitória representaria o avanço do conservadorismo e do setor mais antipopular e ofensivo da elite.

Já o PT teve doze anos e não realizou as reformas populares no Brasil. Não houve reforma urbana e agrária, reforma tributária progressiva, reforma do sistema financeiro, democratização das comunicações, nem medidas de enfrentamento à estrutura conservadora do Estado brasileiro.
 
O sistema político e a o aparato militarizado de segurança continuaram intocados.

O resultado foi, com o esgotamento de seu projeto econômico e a repetição das velhas práticas, o fortalecimento do conservadorismo e da despolitização.

Este é o cenário que estamos vivendo. Assim, se a vitória do PT não significa uma vitória dos trabalhadores, a vitória de Aécio Neves significa uma derrota dura para os trabalhadores e as lutas populares.

Por isso, a posição do MTST neste segundo turno é - sem deixar de demarcar nossas críticas - defender voto em Dilma, contra um retrocesso ainda maior.

De nossa parte sabemos que, qualquer dos dois que seja eleito, só obteremos nossas conquistas com mobilização. Em qualquer dos casos, o MTST estará nas ruas por avanços populares”.
Documentários Vencedores

Assista ao premiado filme produzido pelo Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro: "A Experiência Brasileira na MINUSTAH" – ganhador do sabre de ouro na categoria documentários no 5º Festival Internacional de Filmes Militares em Varsóvia, Polônia.


Veja também o documentário que recebeu o prêmio "Função Social" no Festival Internacional de Filmes de Defesa, na Itália. A produção retrata a atuação do Exército Brasileiro no processo de pacificação dos Complexos do Alemão e da Penha, na cidade do Rio de Janeiro.


Cielo x Visanet

O nadador Cesar Cielo conseguiu que a Justiça Federal no Rio de Janeiro proibisse o uso da marca Cielo por uma empresa de cartões de crédito.

A sentença da juíza Márcia Maria Nunes de Barros deu à empresa 180 dias para deixar de usar o nome em todo o território nacional, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Em 2002, a Visanet, que virou Cielo, fechou acordo publicitário com o nadador apenas um dia antes de apresentar a nova marca ao mercado.

A manobra evidenciou que a empresa se aproveitou da fama do campeão para mudar de nome...

Garçom da Cristina

Condenado por prevaricação e abuso no emprego de escutas telefônicas ilegais nos processos em que presidiu, na Espanha, o juiz Baltazar Garzón caiu na boca da imprensa de oposição na Argentina.

Só agora os hermanos descobriram que sua amada presidente Cristina Kirchner, através do decreto 2319 de dezembro de 2012, tinha designado Garzón para o cargo de "coordinador en asesoramiento internacional en derechos humanos" de seu governo.

Condenado na Espanha em 9 de fevereiro deste ano, Garzón recebe o soldo de um subsecretário de Estado: 72 mil pesos por mês para ser o promotor da “justicia universal” dos argentinos...

Chegando junto demais...

 
                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

15 de outubro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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