"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

SILÊNCIO DA OAB (E DAS UNIVERSIDADES TAMBÉM).

As ameaças à democracia constitucional brasileira encontram poucos defensores. Instituições que marcaram sua existência pela luta em favor das instituições - como as Universidades e, notadamente, a OAB - se rendem à sedução totalitária encarnada no petismo. É uma situação tão espantosa que até um ex-presidente da Ordem se manifestou preocupado. Em artigo publicado no jornal O Globo, o dr. Reginaldo Castro assim escreveu:
"Estamos diante de uma agenda política assustadora. Teme-se pela independência do Judiciário e do Legislativo. O aparelhamento do Estado, síntese desses temores, culmina com a edição do decreto 8.243, que o entrega ao arbítrio dos “movimentos sociais”, sem que se defina o que são, já que podem ser institucionais ou não, segundo o decreto.
Antes, tivemos o mensalão, pontuado de agressões por parte dos réus ao STF e ameaças de morte a seu presidente, Joaquim Barbosa. E ainda: a tentativa de regulamentar (eufemismo de censurar) a mídia; a inconstitucionalidade do programa Mais Médicos; a desobediência do presidente do Senado ao STF quanto à instalação da CPI da Petrobras; a violência dos black blocs nas manifestações de rua; as ações criminosas de milícias armadas do MST e do MTST, entre numerosas outras ilegalidades que reclamam uma palavra firme de condenação por parte da advocacia brasileira. E o que se ouviu da OAB? Nada.
São assassinadas no Brasil anualmente mais de 50 mil pessoas, a maioria, jovens e pobres, em decorrência do narcotráfico. Hoje, o Brasil é, além de rota preferencial do comércio de drogas, o segundo maior consumidor mundial de cocaína e o primeiro de crack. O PT, há quase 12 anos no poder, não inclui esse combate entre suas prioridades. E o que diz a OAB? Nada!"
O petismo parece ter aprendido algo sobre a natureza profunda dos burocratas: eles gostam, mesmo, é de dinheiro e de privilégios. A OAB nem sempre foi assim; ela já foi dirigida por gente de outro barro. O exemplo mais notável é o de Raimundo Faoro (vale a pena reler sua obra prima OS DONOS DO PODER). Dentro das universidades, os que não venderam a alma, ao preço de  "bolsas e ajudas de custo", se tornaram tão minoritários como os que, em outras épocas, sustentaram o espírito crítico e oposicionista aos governantes de plantão. Deve ser o tal espírito do tempo.   
07 de julho de 2014
in prof. Antonio Machado

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