"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

FUTEBOL E BAIXA POLÍTICA


A copa começou para o escrete brasileiro com a passagem para as semifinais na próxima terça-feira contra a Alemanha de Neier, Schweinsteiger. Hummels, Mezut Otzil, Kroos, Muller e Philipp Lahm, o líder da equipe. Os panzers alemães atacam em bloco, quase sempre pelos flancos. São frios quando sob pressão do adversário e evitam cometer faltas nas imediações da grande área.

São disciplinados taticamente e jogam no erro do outro time, como se estivessem em frente de um tabuleiro de xadrez e não num campo de futebol.
Não importa o placar, mesmo perdendo a esquadra alemã se comporta como se nada estivesse em jogo, nem mesmo um campeonato mundial.

Pragmáticos, os panzers de Joachim Low recuam para seu próprio campo para se recompor e - para logo em seguida -  partirem para o ataque final na área do inimigo.
Na maioria das vezes o ataque alemão leva perigo ao time  adversário e vez ou outra o gol acontece.

Administram o terreno e procuram a expansão do seu território como se fossem discípulos de Friedrich Ratzel, o inventor do espaço vital.
 
O time brasileiro, desfalcado de duas de suas principais peças, Neymar e Tiago Silva, vai ter que jogar além daquilo que demonstrou até agora nas partidas de classificação e nos embates contra o Chile e a Colômbia.
 
Fraco nas laterais, por onde acontecem as jogadas que levam perigo ao gol de Júlio César e com um meio-de-campo nada criativo – para não dizer medíocre – o Brasil contou com a sorte e com um ou outro lampejo de Neymar e dos zagueiros Davi Luís e Tiago Silva.
 
Na frente, o escrete brasileiro conta com os inoperantes Fred e  Hulk, este último um arremedo de jogador de futebol, que se tivesse de massa cinzenta o que detém de massa glútea até poderia criar alguma jogada de gol contra o time adversário. Na falta de uma massa cinzenta de qualidade e considerando o peso de um derrière avantajado, esperava-se que Hulk utilizasse da sua força física e ameaçasse o gol inimigo.
 
Mas nem isso o jogador foi capaz de fazer. O centro avante (sou conservador quando me refiro às posições em campo) Fred faz aquele tipo que não cheira mal, nem cheira bem, simplesmente porque não tem cheiro. Resumindo, o avançado brasileiro é insípido, inodoro e incolor. Apesar de tudo, permanece na titularidade. Um dos homens de confiança do técnico Felipão. 
 
Restaria uma esperança para a tarde da próxima terça se o time do Brasil tivesse um plano de jogo, com possíveis mudanças táticas no seu decorrer. Longe disso. A seleção não tem um sistema de jogo e  não existem alternativas de jogadas para sobrepor uma marcação cerrada do adversário. Dificilmente o Brasil derrubará o atual muro de Berlim: o goleiro Manuel Neier.
 
E o pós copa, como fica? Ora, existe um outro jogo em curso, este muito mais importante e que contará com uma semifinal no início de outubro e a final em 26 do mesmo mês. O Brasil dos homens de bem não merecem um final que não seja feliz: o fim do lulopetismo e das mazelas dos 12 anos que permaneceu no poder e com as chaves dos cofres públicos. Os brasileiros querem o seu país de volta, antes que seja tarde. E esse jogo tem que ser muito bem jogado, pois acontecerá de tudo, desde carrinho por trás até gol de mão. O adversário joga sujo e não medirá esforços para ganhar mais 4 anos mamando às custas do contribuinte.

07 de julho de 2014
Nilson Borges Filho, é mestre, doutor e pós-doutor em Direito

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