Depois de fazer figura com o chapéu alheio, depois das obras superfaturadas, depois dos acidentes, depois do desconforto com as manifestações, depois da festa e confraternização com os visitantes, depois das vaias, a reunião de cúpula dos BRICS, com muito sol e lagosta em Fortaleza.
Os contatos e acordos já estão em andamento. Reuniões e acordos assinados com os Russos, com os Indianos, com os Chineses e com os Africanos do Sul. Rola a intenção de fundar um banco de investimentos para alavancar a economia do grupo. A China e a Rússia, a África do Sul e a Índia, já têm uma gerência que lhes garante o equilíbrio econômico diferenciado. O Brasil aparece como o adolescente tímido, em busca de um rumo.
Antes de tudo há a tentativa de escapar da dependência do sistema financeiro internacional vigente com a criação do Banco dos BRICS, destronando a ditadura do FMI e aderindo à ditadura dos maiores investidores do novo banco de investimentos.
Para o uso externo, a propaganda já prepara as promessas de uma nova era, com muito desenvolvimento e realização de prioridades no comércio, aparelhamento militar, comunicações, energia, comodities e talvez sobre algum anúncio de tostões para assuntos que encham os olhos, bocas e ouvidos com esperanças para a educação, saúde...
Uma coisa é certa, os marqueteiros já estão debruçados nas peças que vão apresentar a candidata à reeleição como uma estadista ao lado de líderes mundiais de peso. Até vão dizer que para o futuro poderão admitir a Argentina no grupo. É doppo?
Depois vem a campanha eleitoral agressiva, exibindo as possibilidades de avanço dos BRICS, como uma conquista doméstica, talvez pessoal, do engenho da líder esquerdista, que estaria politicamente morta sem a influência do trapaceiro mór e seus áulicos.
Entra no jogo também a trapaça do plebiscito para a reforma política, para o que já estão organizadas e ativas as tropas de choque dos ongueiros e "movimentos sociais" financiados com o dinheiro público.
Os regimes autoritários destes Estados gigantescos comandados pelo Foro de São Paulo na América Latina, patinam no mundo das ilusões, bem distante da realidade violenta e confusa que implantaram, para abrir o caminho do internacionalismo que se aproveita da ingenuidade, desinformação e esperanças dos "proletários", referidos como "classe média", consumista, que compromete o salário mínimo com aluguel e compras a prazo de televisores e até de alimentos. Os juros? Quem s'importa?
Continuamos a viver com privações cotidianas de toda ordem recebendo as pílulas da insensatez e do atraso. Chegaremos a emular o paraíso de Cuba, onde o salário de um médico pode alcançar incríveis 100 dólares e dos trabalhadores em geral, apenas os 30 dólares? Com as restrições à liberdade de expressão e repressão feroz.
Nossa "classe média" expandida pelos governantes, já faz um sacrifício danado, um verdadeiro milagre para subsistir como ente da economia doente.
Na contas comparativas de Reinaldo de Azevedo, os consumidores da cracolândia já podem ser considerados classe média no ambiente de propaganda ilusória.
Antes de tudo é preciso entender claramente para que porto os governantes estão conduzindo esta nação. Antes de tudo é preciso entender que a prioridade é aplicar os recursos tomados como impostos, no interesse imediato dos que produzem. Antes de tudo é preciso enxugar a máquina administrativa gorda, consumista e corrompida por interesses externos. Antes de mais nada é preciso mudar o rumo.
16 de julho de 2014
in viver de novo
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