Mais do que a decisão do Copom sobre os juros da Selic, o mercado quer saber o que dirá o Banco Central em seu comunicado pós-reunião desta quarta-feira. No encontro passado, quando manteve a taxa Selic em 11%, interrompendo o ciclo de um ano de aumento dos juros, a instituição usou o termo “ neste momento” para indicar que a medida poderia ser temporária.
Para os analistas, se mantiver a expressão, o BC indicará que manteve as portas abertas para uma possível mudança na política monetária, talvez até antes das eleições presidenciais de outubro.
No governo, há um certo recalque quando se fala em juros. No Brasil, pelo menos por agora, está completamente descartada a possibilidade de o Banco Central reduzir a Selic. Com isso, o país se mantém, sem qualquer incômodo, na liderança das nações com os maiores custos do dinheiro.
Ontem, no México, o BC local manteve a taxa básica em 3% ao ano, o menor nível da história. Um dia antes, o BC do Peru reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, para 3,75% anuais.
ADEUS, COPA
Dois segmentos da economia sentiram o baque da Copa do Mundo, independentemente da humilhação imposta pela Alemanha ao Brasil, com a goleada histórica de 7 X 1. Nas academias de ginástica, as renovações de matrículas caíram 70% desde o início de junho. Nas lojas de materiais de construção, em alguns dias de jogos, houve caixas que não chegaram a registrar faturamento de R$ 500. A torcida é grande para que a vida volte ao normal a partir desta semana.
CERVEJA CONGELADA
O setor de cervejas garante que deu exemplo durante a Copa do Mundo. Mesmo com o consumo disparando, o preço da bebida se manteve estável e ajudou a conter a inflação.
16 de julho de 2014
Vicente Nunes
Correio Braziliense
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