A Rodovia Regis Bittencourt que vai de São Paulo até a divisa entre Paraná e Santa Catarina, com 496 quilometros, é a única ligação entre o Brasil e o Mercosul, “bloco” de economias ao qual o PT restringiu quase todo o comércio internacional que resta ao Brasil.
É portanto uma das principais “turbinas” da economia brasileira.
A obra de duplicação da antiga “BR-2” feita por Juscelino Kubitschek inclui, somente nos 32 quilômetros da Serra do Cafezal, no Sul de São Paulo, 16 viadutos de grande extensão e quatro túneis erguidos ou cavados sobre o terreno altamente instável e topografia fortemente acidentada, com estruturas ainda mais complicadas pelas intrincadas exigências ambientais impostas aos construtores.
Esse trecho vai custar um pouco menos que 1 bilhão de reais aos concessionários privados a que foi entregue contra a exploração dos pedágios por 25 anos.
Embora ela seja a única ligação existente entre quatro dos Estados mais ricos do país e entre estes e a Argentina e o Uruguai, essa obra teve de esperar 54 anos para sair do papel desde a inauguração da precária via de mão única que ela era em 1961 e continuou sendo até “ontem”.
A arena Mané Garrincha, de Brasília, orçada em 745 milhões e construída sobre um terreninho plano de dimensões modestas se comparada a essa obra, acabou custando R$ 1,4 bilhão, quase uma vez e meia a duplicação desse trecho da Regis Bittencourt, aí incluídas todas as suas monumentais “obras de arte”.
O Itaquerão, orçado em 820 milhões, saiu por 1,2 bilhão. As 12 arenas feitas ou reformadas para a Copa, orçadas em 5,97 bilhões, custaram 8,48 bilhões até onde se sabe até o momento. E isso é só um pedacinho do que se gastou nessa festa com que o PT quer fazer o país esquecer o que mais ele é.
Mas se o PT é indisputavel em matéria de “multiplicação” de todo e qualquer peixe que lhe caia na rede das obras do PAC, “filho” da Dilma, a ordem das prioridades não mudou grande coisa no Brasil deles e no dos anteriores.
Até 11 anos depois que o estádio do Maracanã foi inaugurado na “Brasília” de 1950 que era o Rio de Janeiro, a ligação entre São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ainda tinha de ser feita “de jegue” ou no tipo de veículo da época que fosse capaz de atravessar em “estrada de chão” as serras encharcadas e cobertas de Mata Atlância que estão espalhadas por todo esse percurso.
A Regis Bittencourt só foi inaugurada em 1961.
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