Apesar de ser possível usar a Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, popularmente conhecida como “cotão”, para contratar levantamentos e consultorias, nem sempre os resultados dos estudos pagos com dinheiro público são satisfatórios.
Exemplo disso é uma pesquisa de opinião contratada pelo deputado Wellington Roberto (PR-PB), supostamente destinada a saber se os moradores da região metropolitana de João Pessoa conheciam obras financiadas com emendas do parlamentar.
Exemplo disso é uma pesquisa de opinião contratada pelo deputado Wellington Roberto (PR-PB), supostamente destinada a saber se os moradores da região metropolitana de João Pessoa conheciam obras financiadas com emendas do parlamentar.
Ao custo de R$ 80 mil à Câmara, o trabalho, elaborado pela empresa Quarenta Produtora e Editora Ltda. contém erros de aritmética básica, não informa o número de pessoas ouvidas, entre outros problemas.
Os erros e as lacunas do levantamento foram levantados pelo grupo Operação Política Supervisionada (OPS) e checados pelo Correio. Além da “pesquisa” de R$ 80 mil, a empresa, sediada em Campina Grande (PB), emitiu outras duas notas para o parlamentar no valor de pouco mais de R$ 60 mil cada, informações corroboradas com dados do portal da Câmara. Ao todo, Wellington Roberto gastou cerca de R$ 446 mil em serviços da Quarenta Produtora, entre fevereiro de 2011 e outubro de 2012.
Os erros e as lacunas do levantamento foram levantados pelo grupo Operação Política Supervisionada (OPS) e checados pelo Correio. Além da “pesquisa” de R$ 80 mil, a empresa, sediada em Campina Grande (PB), emitiu outras duas notas para o parlamentar no valor de pouco mais de R$ 60 mil cada, informações corroboradas com dados do portal da Câmara. Ao todo, Wellington Roberto gastou cerca de R$ 446 mil em serviços da Quarenta Produtora, entre fevereiro de 2011 e outubro de 2012.
ARMAÇÃO?
Os erros apontados pela OPS nas 16 páginas do suposto levantamento são tantos que o relatório elaborado pelo grupo chega a questionar a veracidade do trabalho. “Acredito haver fortíssimos indícios de que ele não foi realizado e que a empresa, ou o parlamentar, forjou um documento (se é que isso pode ser chamado de documento) para simular uma pesquisa de opinião”, escreveu o blogueiro Lúcio Duarte Batista, responsável pela investigação. A página 4 da pesquisa, por exemplo, traz duas datas diferentes para a realização das supostas entrevistas: no cabeçalho, informa que a coleta de dados teria ocorrido entre maio e setembro de 2012. Já no rodapé, consta o período de agosto a setembro do mesmo ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário