Pesquisas do Banco Central e de revendedores de veículos mostram problemas com crédito e inadimplência
O funcionamento do sistema financeiro, a política de juros altos, a absurda carga tributária em 56 impostos, a burocracia e lerdeza judicial que atrapalham o respeito aos contratos, o aumento do custo de vida (gerando carestia ou inflação) - que tornam o crédito arriscado para quem fornece, temerário e caro para quem pega – são os principais gargalos que precisam ser resolvidos, urgentemente, na política econômica brasileira. Do contrário, fica inviabilizado qualquer esforço produtivo e empreendedor. As empresas e as pessoas quebram!
O problema ficou claro na divulgação, ontem, de duas pesquisas. O estudo “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, elaborado pelo Banco Central do Brasil, mostrou uma queda na posse de cartões de crédito e débito, indicando uma estagnação no acesso da população ao sistema bancário. O levantamento mensal da Federação Nacional dos Veículos Automotores (Fenabrave) – setor que responde por 5% do PIB brasileiro – chamou a atenção para as dificuldades de crédito e a alta da inadimplência, causando impactos negativos sobre as vendas de carros e motos. As vendas do setor caíram 17,3% em junho, na comparação com igual período de 2013.
A Fenabrave calcula que a aprovação de crédito está abaixo de 40% nos pedidos de financiamento de automóveis. Maior é a dificuldade de honrar o crédito contratado. É evidente o comprometimento da renda das famílias. Estima-se uma inadimplência média de 5%. A cada 100 inadimplentes, os bancos conseguem recuperar 15 carros em um prazo que ultrapassa 200 dias. Na média, após essa recuperação, com a depreciação do valor do automóvel, multas, IPVA atrasado e despesas com busca e apreensão, os bancos retomam cerca de R$ 10 mil de um valor médio financiado de R$ 25 mil.
Ou seja, a situação é péssima para quem não consegue pagar. Porém, aparentemente ruim para os bancos – que ainda faturam algum com os leilões e revenda dos veículos apreendidos.
Treinamento para a fraude?
Os super ataque de hackers, emitindo boletos falsos contra os bancos, chama a atenção para um risco em futuro próximo.
Será que o mesmo não pode acontecer com o sistema de transmissão e totalização de votos do nosso dogmático e inauditável sistema eletrônico de votação?
O tema da insegurança eleitoral já começa a ser tratado, com mais seriedade, pela “oposição” – já que é a única maneira de Dilma Rousseff ser reeleita, nas atuais problemáticas condições político-econômicas.
Sugestão
Flavio Meneghetti, presidente da Fenabrave, sugeriu ontem que seria mais fácil e barato rever o sistema legal de retomada de veículos por quem está inadimplente do que manter os descontos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – como tem feito o governo.
Na avaliação de Meneghetti, se houvesse garantia de recuperação do automóvel em 30 ou 60 dias no máximo, os bancos não criariam tanta dificuldade para o crédito como ocorre atualmente.
No Brasil, com o modelo em vigor, o veículo deixa de ser uma garantia segura para quem empresta dinheiro.
Menos judiciário?
O Ministério da Justiça lançou ontem a Estratégia Nacional de Não Judicialização.
A finalidade da Enajud é usar mecanismos como negociação, conciliação, mediação e arbitragem para prevenir e reduzir o número de litígios judiciais, que são caros e morosos.
Da média de 25 milhões de processos ingressados por ano na Justiça do país, 51% envolvem o setor público, 38% as instituições financeiras e 6% as empresas de telecomunicações.
Luiz Carlos Trabuco, que preside o Bradesco e a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), e Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), apoiam o combate à judicialização – que afeta o Custo Brasil.
Fies da Pós
O Ministério da Educação (MEC) acredita que a nova modalidade de expansão dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) a cursos de mestrado e doutorado e para cursos técnicos do ensino médio poderá atingir cerca de 31,6 mil estudantes, matriculados em mais de 600 programas de pós-graduação presenciais em 170 instituições privadas.
Mas, atenção: os Cursos de lato sensu, como especializações e MBA, não poderão solicitar financiamento.
Confira a portaria do MEC no link:
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=30&data=02/07/2014
Haverá inadimplência no final?
O Fies foi criado em 2001 para atender somente a alunos que desejassem estudar em cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior.
Por meio do contrato, o estudante paga, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, que corresponde somente aos juros incidentes do financiamento.
Ao fim do curso, já com o diploma na mão, o estudante tem 18 meses de período de carência para se reestruturar e se preparar para saldar as dívidas, que podem ser parceladas em até três vezes no período financiado do curso, acrescido de 12 meses.
Riocentro trancado
Por dois votos a um, a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu ontem trancar a ação penal que responsabilizava cinco militares e um civil pelo atentado à bomba no Riocentro, em 30 de abril de 1981.
A maioria dos desembargadores entendeu que o crime, ocorrido há 33 anos, está prescrito por não se configurar em crime contra a humanidade, uma vez que não ficou comprovada a participação do Estado na ação.
O Procurador Regional da República Rogério Nascimento, que fez a sustentação oral, já avisou que o Ministério Público vai recorrer da decisão com recursos Especial, junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), e Extraordinário, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Inverdade Ideológica
A Comissão Nacional da Verdade classificou de “deploráveis” os relatórios das Forças Armadas concluindo que não ocorreram torturas e outras violações em sete unidades militares durante a tal “ditadura militar”:
"A Comissão Nacional da Verdade deplora e lamenta profundamente o entendimento exarado nos três relatórios de que não há comprovação da ocorrência de tortura e outras graves violações de direitos humanos nas instalações militares investigadas".
Nas sindicâncias dos militares, a pedido da comissão, marinha, Exército e Aeronáutica responderam que não houve desvio de função nessas unidades militares.
Leia, abaixo, o artigo do General Rocha Paiva: Doispontos fora da curva: resposta a Miriam Leitão
Petralhada sórdida
Andrea Falcão, ex-mulher de Aécio Neves, usou ontem seu facebook para denunciar uma das muitas armações sórdidas que a petralhada vai promover naquele que promete ser a campanha eleitoral mais infame dos últimos tempos:
“Andam espalhando um texto totalmente mentiroso para atingir o meu ex-marido, Aécio, usando a mim e a nossa filha de forma irresponsável. É um material criminoso, que chega a dizer que eu o teria acusado de usar nossa filha para fazer contrabando de diamantes para o exterior! O texto é tão absurdo que beira o ridículo e subestima a inteligência do leitor. Eu me admiro que pessoas supostamente ‘esclarecidas’ estejam divulgando uma baixaria dessas, só explicável em função de muita má-fé. Aécio é um homem de bem, um grande amigo, ex- marido presente, por quem tenho um imenso carinho, assim como por toda a sua família, tão querida. É um pai apaixonado, dedicado e muito parceiro na criação e educação de nossa filha. Ela ama demais esse pai, e sabe o homem correto que ele é. Esse tipo de covardia, nos causa enorme indignação, fortalecendo ainda mais a nossa amizade e união”.
Aécio Neves foi na mesma balada de Andrea:
“Divido com vocês a indignação da minha ex-esposa, Andrea, em seu Facebook, sobre o falso conteúdo que circula nas redes sociais, atribuindo a ela, entre várias mentiras, a afirmação de que eu usaria nossa filha, Gabriela, para fazer contrabando internacional de diamantes. O absurdo e a covardia dos autores dessa calúnia são exemplos de tudo o que não podemos mais aceitar na atividade política no nosso país. O Brasil merece uma campanha eleitoral limpa. Os brasileiros têm o direito de conhecer a verdade sobre os candidatos. A quem interessa espalhar tanta mentira, tanta calúnia?”, rebateu Aécio.
Todo tempo do mundo...
Tatuagem
Protesto Mortal?
Mensaleiros trabalhando...
O funcionamento do sistema financeiro, a política de juros altos, a absurda carga tributária em 56 impostos, a burocracia e lerdeza judicial que atrapalham o respeito aos contratos, o aumento do custo de vida (gerando carestia ou inflação) - que tornam o crédito arriscado para quem fornece, temerário e caro para quem pega – são os principais gargalos que precisam ser resolvidos, urgentemente, na política econômica brasileira. Do contrário, fica inviabilizado qualquer esforço produtivo e empreendedor. As empresas e as pessoas quebram!
O problema ficou claro na divulgação, ontem, de duas pesquisas. O estudo “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, elaborado pelo Banco Central do Brasil, mostrou uma queda na posse de cartões de crédito e débito, indicando uma estagnação no acesso da população ao sistema bancário. O levantamento mensal da Federação Nacional dos Veículos Automotores (Fenabrave) – setor que responde por 5% do PIB brasileiro – chamou a atenção para as dificuldades de crédito e a alta da inadimplência, causando impactos negativos sobre as vendas de carros e motos. As vendas do setor caíram 17,3% em junho, na comparação com igual período de 2013.
A Fenabrave calcula que a aprovação de crédito está abaixo de 40% nos pedidos de financiamento de automóveis. Maior é a dificuldade de honrar o crédito contratado. É evidente o comprometimento da renda das famílias. Estima-se uma inadimplência média de 5%. A cada 100 inadimplentes, os bancos conseguem recuperar 15 carros em um prazo que ultrapassa 200 dias. Na média, após essa recuperação, com a depreciação do valor do automóvel, multas, IPVA atrasado e despesas com busca e apreensão, os bancos retomam cerca de R$ 10 mil de um valor médio financiado de R$ 25 mil.
Ou seja, a situação é péssima para quem não consegue pagar. Porém, aparentemente ruim para os bancos – que ainda faturam algum com os leilões e revenda dos veículos apreendidos.
Treinamento para a fraude?
Os super ataque de hackers, emitindo boletos falsos contra os bancos, chama a atenção para um risco em futuro próximo.
Será que o mesmo não pode acontecer com o sistema de transmissão e totalização de votos do nosso dogmático e inauditável sistema eletrônico de votação?
O tema da insegurança eleitoral já começa a ser tratado, com mais seriedade, pela “oposição” – já que é a única maneira de Dilma Rousseff ser reeleita, nas atuais problemáticas condições político-econômicas.
Sugestão
Flavio Meneghetti, presidente da Fenabrave, sugeriu ontem que seria mais fácil e barato rever o sistema legal de retomada de veículos por quem está inadimplente do que manter os descontos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – como tem feito o governo.
Na avaliação de Meneghetti, se houvesse garantia de recuperação do automóvel em 30 ou 60 dias no máximo, os bancos não criariam tanta dificuldade para o crédito como ocorre atualmente.
No Brasil, com o modelo em vigor, o veículo deixa de ser uma garantia segura para quem empresta dinheiro.
Menos judiciário?
O Ministério da Justiça lançou ontem a Estratégia Nacional de Não Judicialização.
A finalidade da Enajud é usar mecanismos como negociação, conciliação, mediação e arbitragem para prevenir e reduzir o número de litígios judiciais, que são caros e morosos.
Da média de 25 milhões de processos ingressados por ano na Justiça do país, 51% envolvem o setor público, 38% as instituições financeiras e 6% as empresas de telecomunicações.
Luiz Carlos Trabuco, que preside o Bradesco e a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), e Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), apoiam o combate à judicialização – que afeta o Custo Brasil.
Fies da Pós
O Ministério da Educação (MEC) acredita que a nova modalidade de expansão dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) a cursos de mestrado e doutorado e para cursos técnicos do ensino médio poderá atingir cerca de 31,6 mil estudantes, matriculados em mais de 600 programas de pós-graduação presenciais em 170 instituições privadas.
Mas, atenção: os Cursos de lato sensu, como especializações e MBA, não poderão solicitar financiamento.
Confira a portaria do MEC no link:
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=30&data=02/07/2014
Haverá inadimplência no final?
O Fies foi criado em 2001 para atender somente a alunos que desejassem estudar em cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior.
Por meio do contrato, o estudante paga, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, que corresponde somente aos juros incidentes do financiamento.
Ao fim do curso, já com o diploma na mão, o estudante tem 18 meses de período de carência para se reestruturar e se preparar para saldar as dívidas, que podem ser parceladas em até três vezes no período financiado do curso, acrescido de 12 meses.
Riocentro trancado
Por dois votos a um, a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu ontem trancar a ação penal que responsabilizava cinco militares e um civil pelo atentado à bomba no Riocentro, em 30 de abril de 1981.
A maioria dos desembargadores entendeu que o crime, ocorrido há 33 anos, está prescrito por não se configurar em crime contra a humanidade, uma vez que não ficou comprovada a participação do Estado na ação.
O Procurador Regional da República Rogério Nascimento, que fez a sustentação oral, já avisou que o Ministério Público vai recorrer da decisão com recursos Especial, junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), e Extraordinário, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Inverdade Ideológica
A Comissão Nacional da Verdade classificou de “deploráveis” os relatórios das Forças Armadas concluindo que não ocorreram torturas e outras violações em sete unidades militares durante a tal “ditadura militar”:
"A Comissão Nacional da Verdade deplora e lamenta profundamente o entendimento exarado nos três relatórios de que não há comprovação da ocorrência de tortura e outras graves violações de direitos humanos nas instalações militares investigadas".
Nas sindicâncias dos militares, a pedido da comissão, marinha, Exército e Aeronáutica responderam que não houve desvio de função nessas unidades militares.
Leia, abaixo, o artigo do General Rocha Paiva: Doispontos fora da curva: resposta a Miriam Leitão
Petralhada sórdida
Andrea Falcão, ex-mulher de Aécio Neves, usou ontem seu facebook para denunciar uma das muitas armações sórdidas que a petralhada vai promover naquele que promete ser a campanha eleitoral mais infame dos últimos tempos:
“Andam espalhando um texto totalmente mentiroso para atingir o meu ex-marido, Aécio, usando a mim e a nossa filha de forma irresponsável. É um material criminoso, que chega a dizer que eu o teria acusado de usar nossa filha para fazer contrabando de diamantes para o exterior! O texto é tão absurdo que beira o ridículo e subestima a inteligência do leitor. Eu me admiro que pessoas supostamente ‘esclarecidas’ estejam divulgando uma baixaria dessas, só explicável em função de muita má-fé. Aécio é um homem de bem, um grande amigo, ex- marido presente, por quem tenho um imenso carinho, assim como por toda a sua família, tão querida. É um pai apaixonado, dedicado e muito parceiro na criação e educação de nossa filha. Ela ama demais esse pai, e sabe o homem correto que ele é. Esse tipo de covardia, nos causa enorme indignação, fortalecendo ainda mais a nossa amizade e união”.
Aécio Neves foi na mesma balada de Andrea:
“Divido com vocês a indignação da minha ex-esposa, Andrea, em seu Facebook, sobre o falso conteúdo que circula nas redes sociais, atribuindo a ela, entre várias mentiras, a afirmação de que eu usaria nossa filha, Gabriela, para fazer contrabando internacional de diamantes. O absurdo e a covardia dos autores dessa calúnia são exemplos de tudo o que não podemos mais aceitar na atividade política no nosso país. O Brasil merece uma campanha eleitoral limpa. Os brasileiros têm o direito de conhecer a verdade sobre os candidatos. A quem interessa espalhar tanta mentira, tanta calúnia?”, rebateu Aécio.
Todo tempo do mundo...
Tatuagem
Protesto Mortal?
Mensaleiros trabalhando...
03 de julho de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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