"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

SELEÇÃO NÃO É PÁTRIA DE CHUTEIRAS


 
 

Recuso-me terminantemente a aceitar a ideia de que "a seleção é a pátria de chuteiras", como queriam Nélson Rodrigues e e seu pai Mário Filho.  Acima de tudo, a Copa é congraçamento.  Futebol é esporte.  Eu só entendo esporte na concepção do barão de Coubertin que levou à criação dos Jogos Olímpicos: educação e autosuperação.

Além do mais, não sou brasileiro apenas quadrienalmente e, mesmo assim, até a primeira derrota da seleção...

Para mim, que vença o melhor, o mais capaz, o mais educado, o que possa servir de exemplo pelo fair play e pelo comportamento civilizado ao resto do mundo.  Abomino a catimba, a falta de respeito, a deslealdade e tudo aquilo que permite vencer sem mérito. Quem venceu sem mérito não venceu.  Simplesmente enganou.  Não é campeão, mas usurpador.



Há ainda o fator sorte ou acaso, que às vezes não deixa que aquele que merece vença.  A Copa de 1974, quando a Alemanha venceu a Holanda, frustrou os que amam o esporte pelo esporte.  Mas a vitória alemã não foi imerecida.  Há méritos na constância.

Quem viu as Copas de 1958 e a de 1970 viu o atleta brasileiro em seu ápice.  A rigor, por tudo que significaram, essas duas Copas me bastariam.  O resto, a não ser pela de 1962, é supérfluo, sem o brilho, a espontaneidade, a alegria das posteriores.

A Colômbia tem minha simpatia.  A Holanda, também.  Principalmente pela alegria.  Não pelo espetáculo, indubitavelmente bonito, mas porque demonstra o esporte pelo esporte, espontâneo, leal, entusiasmado.  Esse, sim, é o futebol!

Que venha a Colômbia.  A não ser que o Brasil mereça a vitória.

30 de junho de 2014
João Guilherme C. Ribeiro é Empreendedor Cultural.

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